Parlamentar do DEM obteve 334 votos na sessão desta sexta-feira
Parlamentar do DEM obteve 334 votos na sessão desta sexta-feira | Foto: Luis Macedo / Agência Câmara / CP
O deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ) foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados, em sessão desta sexta-feira. Ele recebeu 334 votos, conquistando a maioria necessária para ocupar a cadeira principal da Casa. Ele era considerado o favorito dentro das alianças firmadas nas últimas semanas, inclusive obtendo os votos do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.
Essa é a terceira recondução de Maia, 48 anos, ao cargo. Ele foi reeleito presidente da Câmara no período 2017-2019 no dia 2 de fevereiro de 2017, depois de ocupar o cargo por sete meses, a partir de julho de 2016. A reeleição de Maia ao cargo foi possível pela mudança de legislatura. A Constituição e o Regimento Interno da Câmara impedem a recondução de membros da Mesa Diretora na mesma legislatura. O último deputado reeleito em legislaturas diferentes foi Michel Temer, que ocupou o cargo de presidente da Casa nos biênios de 1997-1999 e 1999 a 2001.
Ao agredecer os votos, Maia disse que irá comandar a votação de reformas no país “de forma pactuada”, com integração de governadores, parlamentares e sociedade.
Rodrigo Maia foi eleito com o apoio do maior bloco parlamentar da legislatura, composto por 301 deputados de 11 partidos. Entre eles, está a a sigla do presidente da República, Jair Bolsonaro, o PSL (52), além de PP (38), PSD (35), MDB (34), PR (33), PRB (30), DEM (29), PSDB (29), PTB (10), PSC (8) e PMN (3).
Conhecido como articulador e habilidoso em negociações com partidos de divergentes correntes ideológicas, Maia conseguiu atrair além da corrente majoritária, apoio de partidos de esquerda como PCdoB e PDT. “Meu perfil é de equilíbrio, capacidade de diálogo, de conversar com todas as correntes políticas e ideológicas. Vivemos um momento de radicalização, o Parlamento vai ser a Casa que vai trazer essa radicalização a um ponto de equilíbrio”, disse Maia.
Em sua gestão como presidente da Casa, Maia conduziu a aprovação da reforma trabalhista e também da atualização da legislação eleitoral – que incluiu, entre outros pontos, a chamada “cláusula de barreira”, um mecanismo que busca impedir reduzir os partidos com pouca representação na Câmara, além de criar um fundo com recursos públicos para custear campanhas.
Com Maia, comporão a Mesa Diretora o 1º vice-presidente – Marcos Pereira (PRB-SP): 398 votos (eleito em primeiro turno); 2º vice-presidente – Luciano Bivar (PSL-PE): 198 votos (eleito em segundo turno); 1º secretária – Soraya Santos (PR-RJ): 315 votos (eleita em primeiro turno); 2º secretário – Mário Heringer (PDT-MG): 408 votos (eleito em primeiro turno); 3º secretário – Fábio Faria (PSD-RN): 416 votos (eleito em primeiro turno); 4º secretário – André Fufuca (PP-MA): 408 votos (eleito em primeiro turno). Os suplentes serão os deputados Rafael Motta (PSB-RN), Assis Carvalho (PT-PI), Geovania de Sá (PSDB-SC) e Isnaldo Bulhõres Jr. (MDB-AL).
Veja como ficaram os votos
Rodrigo Maia (DEM-RJ): 334 votos
Fábio Ramalho (MDB-MG): 66 votos
Marcelo Freixo (PSol-RJ): 50 votos
João Henrique Caldas (PSB-AL): 30 votos
Marcel Van Hattem (Novo-RS): 23 votos
Ricardo Barros (PP-PR): 4 votos
General Peternelli (PSL-SP): 2 votos
Branco: 3 votos
*Com informações da Agência Brasil
Correio do Povo
Tânia Monteiro
Coluna do Estadão
Alessandra Monnerat e Caio Sartori
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