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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Maia alerta Bolsonaro que pode "não ter 308 votos" para reforma da Previdência | Clic Noticias

Presidente da Câmara foi crítico ao ministro da Casa Civil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reeleito nesta sexta-feira, criticou a articulação política do governo Jair Bolsonaro logo após a votação. Disse que “no curto prazo” não há 308 votos necessários para a aprovação da reforma da Previdência, a principal aposta para colocar em equilíbrio as contas públicas. Visto pela equipe econômica como um aliado na votação de medidas importantes, Maia expôs divergências com o principal articulador político do Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que também é do DEM.
“A nova forma de Bolsonaro trabalhar pode não gerar 308 votos no curto prazo”, afirmou Maia. Ele ainda acusou Onyx de ter trabalhado contra sua reeleição e ironizou: “Se ele tivesse interferido com sucesso aqui, o resultado seria outro. Não creio que tenha atuado, porque é muito competente”. Em seguida, elogiou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno: “Foi muito correto comigo”.
Reconduzido ao comando da Casa com o apoio do PSL, de Bolsonaro, e de mais 15 partidos, também fez questão de agradecer a dois governadores petistas, Wellington Dias (PI) e Camilo Santana (CE). “Me deram aulas de gestão”, afirmou. O presidente da Câmara disse que a proposta que endurece as regras de aposentadoria deve levar, “no mínimo”, dois meses de debate na Casa e avaliou que apenas um “pacto” de governadores e prefeitos pode fazer avançar. O prazo frustra a expectativa do governo, que quer acelerar a aprovação. Segundo Maia, é preciso saber os detalhes da proposta e a data de envio do texto ao Congresso.
Por meio de rede social, Bolsonaro parabenizou a eleição de Maia. “Este cargo é de extrema responsabilidade para conduzir a votação dos projetos que o brasileiro tanto almeja”, declarou o presidente, que está internado em São Paulo, se recuperando da cirurgia para retirada de bolsa de colostomia.
Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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