Crédito chegou na conta da Gvtel antes de ser debitado pela Innovation
Por Pedro Carvalho
O engenheiro Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto (Geraldo Magela/Agência Senado)
A Lava-Jato utilizou extratos aparentemente incompatíveis para acusar o PSDB, na semana passada, ao deflagrar a Operação Ad Infinitium, que prendeu o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, apontado como operador dos tucanos.
Em 2017, o ex-PGR Rodrigo Janot apresentou três denúncias contra a turma do MDB. Em 26 de junho, a primeira paulada: Michel Temer, então presidente, foi acusado de corrupção passiva, mas a Câmara barrou a consecução do processo.
E é ai que ambos os casos se encontram.
Na página 77 da denúncia contra o então presidente e seus asseclas, extratos do Meinl Bank indicam que a Innovation Research teria depositado US$ 1.650.000,00 em 24/05/2012 na conta da Gvtel. Apontadas como offshores da Odebrecht, o dinheiro seria usado para transações nada republicanas a políticos.
Extrato utilizado na denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer e companhia
Extrato utilizado na denúncia de Rodrigo Janot contra Michel Temer e companhia (Reprodução/Reprodução)
Ocorre que no extrato da Gvtel, utilizado agora para acusar o PSDB e Paulo Preto, o extrato da Gvtel, juntado na página 19 do Anexo 65 do inquérito, acusa o crédito desta mesma transferência um dia antes da data do débito na conta remetente. Ou seja, o dinheiro teria caído em 23/05/2012.
Extrato utilizado na denúncia da Lava-jato contra Paulo Preto e o PSDB
Extrato utilizado na denúncia da Lava-jato contra Paulo Preto e o PSDB (Reprodução/Reprodução)
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