Coronel José Luis Silva, diplomata militar de maior patente nos Estados Unidos, disse não temer represálias
“Esta posição é conforme a Constituição”, afirmou | Foto: YouTube / Reprodução / CP
O adido da Defesa da Venezuela em Washington, coronel José Luis Silva, afirmou desconhecer Nicolás Maduro como presidente legítimo do país e pediu aos “irmãos militares” que apoiem o líder do Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino. “Este adido de Defesa não reconhece o presidente Nicolás Maduro por considerá-lo um usurpador e reconhece Juan Guaidó como presidente interino legítimo. Esta posição é conforme a Constituição”, comentiu em uma entrevista à AFP por telefone.
Guaidó, presidente do Parlamenteo, de maioria opositora, fez juramento na quarta-feira passada diante de uma multidão de simpatizantes em Caracas a se declarou presidente inteiro do país. Ele falou que vai liderar um governo de transição que organize novas eleições, para retirar do poder Maduro, cujo segundo mandato iniciado em 10 de janeiro ele considera “ilegítimo”. “Temos que ter a responsabilidade institucional de apoiá-lo porque é a única maneira de sair disto”, afirmou o coronel Silva.
“Isto está apenas começando”, acrescentou, antes de enfatizar que deseja uma “mudança” para seu país. Silva, diplomata militar venezuelano de maior patente nos Estados Unidos, disse não temer represálias. “Eu me comuniquei com meus superiores e eles sabem que não concordo com o que está acontecendo, com a usurpação de poderes, os maus-tratos das pessoas e a situação de pobreza extrema de um país tão rico em recursos humanos e naturais como é a Venezuela”, afirmou.
“Moralmente, me sinto livre deste grupo de militares que o que tem feito é destruir nosso país”. Quase 2,3 milhões de venezuelanos fugiram da Venezuela desde 2015, segundo a ONU, em meio a uma profunda crise, com escassez de alimentos, remédios e uma hiperinflação. Silva anunciou sua decisão em um vídeo gravado em seu escritório e divulgado no Twitter, no qual afirma que as Forças Armadas têm um “papel fundamental no restabelecimento da democracia”. “Não podemos, nem devemos atacar o povo”, disse, em referência a “todos os que têm o comando da tropa”.
AFP e Correio do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário