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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Bolsonaro: “Será que ainda posso sentar no chão?”

Jair Bolsonaro, depois de divulgar uma imagem lavando roupa e ter sido criticado por isso, foi ao Twitter perguntar se ainda pode sentar-se no chão:


O Antagonista


EUFORIA NA MEDIDA CERTA

XVIII- 51/18 - 26.12.2018

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CINCO DIAS

Encerrado o Natal, e restando apenas cinco dias para que o nosso empobrecido Brasil dê, enfim, início ao esperado ANO DAS REFORMAS, as atenções agora ficam voltadas aos preparativos da -festa da virada-, que para a maioria dos brasileiros está repleta de expectativas muito positivas.

TRIUNFAL

Como não há o que fazer além de esperar o tempo passar, a ordem é acreditar, sem exagero, que 2019 comece de forma TRIUNFAL, onde tudo aquilo que consta no bem elaborado -Plano de Governo- que levou Jair Bolsonaro a ser eleito presidente do Brasil, comece a sair do papel e, enfim, se transforme em realidade palpável.

RECONSTRUÇÃO

Como em todos  países governados por POPULISTAS, do tipo que ignoram qualquer prevenção como forma de evitar catástrofes econômicas e/ou sociais, o CAOS acaba se transformando, embora com muita relutância, no maior AMIGO DAS REFORMAS, no caso do nosso País o momento é ímpar para começar a RECONSTRUÇÃO.

EXPECTATIVA EXAGERADA

Entretanto, ainda que grande parte dos brasileiros estejam em ESTADO DE EUFORIA, sem querer bulir neste   importante sentimento que está no ar, é sempre oportuno lembrar que a EXPECTATIVA, quando se mostra acima do esperado, acaba, inevitavalmente, em FRUSTRAÇÃO.


MAIS IGUAIS...

De novo: por mais que a maioria dos brasileiros esteja exigindo o fim dos DETESTÁVEIS PRIVILÉGIOS, que faz com que UNS BRASILEIROS SEJAM MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS, o fato é que as mais diversas corporações, principalmente aquelas ligadas ao Setor Público, vão lutar desesperadamente junto ao Poderes Legislativos e Judiciário (altamente interessados na manutenção das VANTAGENS ADQUIRIDAS) para impedir que isto aconteça.

CONCENTRADOS

Como, a rigor, esta árdua batalha só poderá ser enfrentada a partir de janeiro (ou fevereiro, quando inicia o ano Legislativo) sugiro que os REFORMISTAS se mantenham CONCENTRADOS, prontos para entrar em campo a partir do dia 01 de janeiro. Até lá, faltando cinco dias, só nos resta ficar no aguardo de que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário não façam o Brasil ficar ainda pior do que já está.


MARKET PLACE

FOCUS - Na pesquisa Focus, divulgada hoje:

1- a projeção mediana para o IPCA ao final de 2018 caiu de 3,71% para 3,69%, enquanto a projeção para o final de 2019 recuou de 4,07% para 4,03%.

2- a estimativa para a taxa de câmbio ao final de 2018 subiu de R$ 3,83/US$ para R$ 3,85/US$ e continuou em R$ 3,80/US$ ao final de 2019.

3- a projeção para a taxa de crescimento do PIB em 2018 permaneceu em 1,30%, enquanto a estimativa para o ano que vem caiu de 2,55% para 2,53%.

4- a projeção para a taxa Selic recuou de 7,50% para 7,25% ao final de 2019.

ESPAÇO PENSAR+

Eis o ótimo artigo do cientista político Bruno Garsachagen, com o título - QUEM É O GRANDE INIMIGO DO BRASIL?

"No início do século 20, as reações de destacados políticos brasileiros a respeito do que se tornou a política brasileira alguns anos depois do golpe militar republicano que derrubou a monarquia em 1889 evidenciam um problema que resiste desde então, e que na recente eleição presidencial serviu como instrumento retórico contra e a favor do sistema e do establishment que o sustenta.

Rui Barbosa, um dos mais ilustres conspiradores republicanos, 15 anos após o golpe contra o imperador dom Pedro II, denunciou publicamente os resultados negativos do presidencialismo que ajudou a instaurar depois "de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus". Diante da vitória da vileza da qual foi artífice, Rui lamentou que "o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

Tantas décadas depois do golpe republicano, aquilo que exasperou um decepcionado Rui Barbosa só piorou: o triunfo das nulidades, a prosperidade da desonra, o crescimento da injustiça, o agigantamento do poder nas mãos dos maus. É isso que fundamenta parte substantiva do sistema político, o que lhe caracteriza em grande medida e se constitui como face pública.

Engana-se, portanto, quem reduz o sistema e o establishment político e econômico apenas aos grupos que controlam o poder. Eles são, de fato, protagonistas temporários, circunstanciais, a face aparente de um problema mais grave que os antecede e os beneficia, mas que fica oculto porque a maioria não sabe de sua existência e os que sabem tratam de escondê-lo por interesse próprio.

A legislação, as normas e o hábito de repetir dentro do serviço público os vícios que emperram o país faz com que o sistema atrapalhe com burocracia e ineficiência quem deseja trabalhar e fazer a diferença, incluindo os bons e qualificados servidores. Por isso mesmo, não adianta apenas combater os agentes circunstanciais do sistema se ele próprio não for reformado e seus agentes permanentes não forem enquadrados, o que passa por substituir os incentivos negativos pelos positivos.

O presidencialismo no Brasil padece de um vício de origem que não será sanado somente com democracia ou fortalecimento das instituições. Numa cultura política intervencionista que se alimenta de uma tradição política autoritária, os grupos que se sucedem no poder se aproveitam do que foi construído pelos seus antecessores porque o sistema e regime de governo facilitam a criação e a manutenção dos piores incentivos políticos e econômicos.

A importação do presidencialismo americano para um país com quase quatro séculos de experiência monárquica (portuguesa e depois brasileira) teve como consequência imediata o exercício da presidência como reprodução mimética da autoridade e atividade política do imperador, mas num modelo/forma/regime políticos completamente distintos, sem uma autoridade metapolítica e atemporal para servir de freios e contrapesos éticos e políticos às disputas de poder dentro dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Desde 1889, as elites políticas não conseguem aprimorar o presidencialismo brasileiro, apenas negociá-lo de quando em vez e criar mecanismos, como o presidencialismo de coalizão, para fazer o sistema viciado operar mesmo quando os homens que comandam as instituições fracassam nas suas responsabilidades ou submergem em todas as formas de corrupção.

Desde agora, de uma perspectiva conservadora, um dos grandes desafios da sociedade, do governo de Jair Bolsonaro e de uma parcela dos parlamentares na Câmara e no Senado será lidar não só com as urgências da agenda política e econômica nacional, mas superar um sistema político, legal e jurídico azeitado para impedir as mudanças necessárias e benéficas que contrariam os interesses de quem vive e se locupleta dos incentivos negativos hoje existentes. Será uma tarefa árdua e difícil, mas plenamente possível de ser realizada e bem-sucedida."

FRASE DO DIA

Está mais do que provado: a incompetência destrói mais que a desonestidade.

Richard Sacks

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