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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Moro aceita superministério da Justiça de Bolsonaro

Magistrado esteve em reunião com o presidente eleito pela manhã

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Moro irá comandar Ministério da Justiça | Foto: Wilton Junior / Estadão Conteúdo / CP

O juiz federal Sérgio Moro aceitou nesta quinta-feira o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério da Justiça. O magistrado esteve reunido com Bolsonaro por cerca de uma hora e meia. O encontro ocorreu na casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro.

O anúncio foi feito por Moro em nota oficial. "Após reunião pessoal, na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite", afirmou. O juiz lamentou abandonar 22 anos de magistratura. "No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão".

Para ele, na prática o cargo significa "consolidar os avanços contra o crime e a corrupção e afastar riscos de retrocessos por um bem maior". Segundo Moro, a Operação Lava Jato continuará em Curitiba. "Para evitar controvérsias desnecessárias, devo, desde logo, afastar-me de novas audiências", acrescentou.




Resultado de imagem para Sérgio Moro Foto: José Lucena / Futura Press / Estadão Conteúdo / CP

Populares se aglomeram para ver Moro

O juiz federal desembarcou no Rio às 7h30min e entrou em uma caminhonete da Polícia Federal ainda na pista de pouso do aeroporto Santos Dumont. Durante a reunião entre os dois, muitos curiosos se aglomeraram em frente ao condomínio, que fica em frente à praia da Barra. Isso atrapalhou a saída da comitiva que levava o juiz federal - Moro estava em uma das duas caminhonetes da PF, que ficou cinco minutos parada na saída do conjunto de casas. Foi nesse momento que o juiz saiu para se pronunciar, ao lado de Paulo Guedes, mas acabou voltando.

Enquanto esperava pelo deslocamento, o juiz ouviu muitos gritos de apoio. Alguns pediram para ele "prender o Lindbergh (Farias, atual senador pelo PT do Rio de Janeiro e derrotado nessas eleições quando tentava a reeleição) " e "ir atrás da Narizinho (apelido da presidente do PT, Gleisi Hoffmann)".


Agência Estado, Agência Brasil e Correio do Povo

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