Reunião confirmou fusões e ponderou nomes nesta quarta-feira
Reunião confirmou fusões e ponderou nomes nesta quarta-feira | Foto: Mauro Pimentel / AFP / CP
Com as fusões confirmadas na reunião desta quarta-feira, a equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) definiu que o novo governo terá de 15 a 17 ministérios. O governo Temer conta, hoje, com 29 pastas. Além do superministério da Economia – que englobará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio –, e da fusão das pastas da Agricultura e do Meio Ambiente, a Casa Civil de Bolsonaro deverá incluir a Secretaria de Governo.
Paulo Guedes já foi confirmado como o futuro ministro da Economia e o deputado federal Onyx Lorenzoni (Dem-RS), futuro ministro-chefe da Casa Civil. O general reformado Augusto Heleno será o titular do Ministério da Defesa.
Ciência e Tecnologia, que terá como ministro o astronauta Marcos Pontes, será unido ao Ensino Superior. Também foi definida a fusão do ministério da Infraestrutura com o de Transportes. Já o de Desenvolvimento Social se juntará ao de Direitos Humanos e cogita-se uma mulher ligada a movimentos sociais para ocupar o cargo. A equipe ainda estabeleceu a fusão do ministério da Justiça com o da Segurança Pública. Esse superministério da Justiça, que será oferecido ao juiz Sérgio Moro.
Há uma dúvida em relação ao Ministério da Integração Nacional, que poderá ser unido às pastas das Cidades e do Turismo. Permanecerão separados os ministérios da Defesa, Trabalho, Minas e Energia, Relações Exteriores, Saúde e o Gabinete de Segurança Institucional. A senadora Ana Amélia Lemos (PP), que foi candidata a vice na chapa de Geraldo Alckmin, é “um nome disponível” para ocupar algum ministério. Já o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, que era cogitado para ocupar o Ministério das Relações Exteriores, foi descartado.
Integrante da Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ) informou que apresentará uma moção contrária à fusão do Ministério do Meio Ambiente com o da Agricultura, como tem sido cogitado. Integrantes da frente se reuniram no Congresso com entidades ambientalistas para discutir e criticar a possível integração entre as pastas, chamando atenção para as consequências também ao agronegócio brasileiro.
O grupo é suprapartidário e tem 228 parlamentares. Alencar afirmou que deve apresentar uma proposta para a moção de repúdio e que sugerirá a assinatura, na semana que vem, de todos os parlamentares e ex-ministros do Meio Ambiente. Segundo o coordenador da frente, deputado Alessandro Mollon (PSB-RJ), a possível “subordinação” do Meio Ambiente ao Ministério da Agricultura é uma “péssima ideia” e tem problemas que vão “muito além da agricultura e pecuária”. O ex-ministro do Meio Ambiente, Zequinha Sarney (PV-MA) também fez críticas à fusão.
Correio do Povo
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