quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Toffoli reafirma proibição para Lula conceder entrevistas

Presidente do STF respondeu a novo pedido da defesa do ex-presidente encaminhado por Lewandowski

Presidente do STF respondeu a novo pedido da defesa do ex-presidente encaminhado por Lewandowski | Foto: Nelson Jr. / SCO / STF / Divulgação CP

Presidente do STF respondeu a novo pedido da defesa do ex-presidente encaminhado por Lewandowski | Foto: Nelson Jr. / SCO / STF / Divulgação CP

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, manteve nesta quarta-feira a proibição para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conceder entrevistas da prisão. Para o presidente da Corte, deve ser cumprida "em toda a sua extensão" a decisão liminar do vice-presidente do STF, ministro Luiz Fux, que, na sexta-feira, impediu Lula de falar com a imprensa. Toffoli também reiterou que a proibição vale até o plenário da Suprema Corte analisar definitivamente a questão, o que só deve ocorrer após as eleições.

A questão é alvo de uma guerra de liminares que envolveu o próprio Toffoli, Fux e o ministro Ricardo Lewandowski. Dois ministros ouvidos reservadamente consideram a situação "péssima" para o tribunal. A nova decisão de Toffoli ocorre depois de Lewandowski atender, também nesta quarta, a um pedido da defesa de Lula para autorizar que o petista seja entrevistado da superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso. Lewandowski enviou o caso para Toffoli decidir como seria executada sua autorização, deixando com o colega a palavra final sobre o caso.

O embate envolvendo a possibilidade de Lula conceder entrevistas começou após o jornal Folha de S.Paulo e o jornalista Florestan Fernandes Júnior solicitarem autorização do STF para entrevistar Lula. A permissão de Lewandowski foi dada na sexta-feira passada, mas, no mesmo dia, a decisão foi derrubada por Fux, na condição de presidente em exercício. Na segunda-feira, no entanto, Lewandowski reafirmou a autorização e atacou a decisão de Fux, dizendo que o despacho do colega é "absolutamente inapto a produzir qualquer efeito no ordenamento legal". Ainda na segunda, Toffoli manteve a proibição.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo


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