segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Saiba quem é quem no núcleo político do presidente eleito Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro com os filhos Carlos, Flávio e Eduardo (da esquerda para a direita). (Foto: Flickr/família Bolsonaro)

29 de outubro de 2018 Brasil, Capa – Destaques, Notícias, Política

O núcleo mais próximo do presidente eleito durante a campanha reuniu três dos seus cinco filhos, parlamentares, generais da reserva do Exército, um advogado e seu guru na área econômica. Com a assessoria do grupo, o candidato do PSL venceu Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial. Os apoiadores devem seguir próximos de Bolsonaro, cujo mandato começa em 1º de janeiro de 2019.

Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro

Os três filhos do primeiro casamento de Jair Bolsonaro se tornaram políticos e integram o núcleo mais próximo do presidente eleito. Carlos, 35 anos, é vereador no Rio de Janeiro e um dos responsáveis por pensar a comunicação do pai, com forte presença nas redes sociais. Flávio, 37 anos, é deputado estadual e se elegeu senador pelo Rio.

Eduardo, 34 anos, foi reeleito deputado federal por São Paulo com a maior votação da história (1,8 milhão de votos). Ele protagonizou uma das polêmicas da campanha eleitoral. Em vídeo de quatro meses atrás, ele afirmou que o STF (Supremo Tribunal Federal) poderia ser fechado por um cabo e um soldado se a candidatura do pai fosse indeferida. Ministros do STF criticaram a declaração e Bolsonaro desautorizou o filho.

Onyx Lorenzoni

Um dos coordenadores da campanha, o médico veterinário Onyx Lorenzoni (DEM-RS), 64 anos, foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Casa Civil, considerado um dos principais postos da Esplanada dos Ministérios.

Onyx está no quarto mandato consecutivo como deputado federal e foi reeleito com 183.518 votos. Antes, foi deputado estadual no Rio Grande do Sul, estado natal, por duas vezes (de 1995 a 2003).

Em 2016, Onyx foi relator na Câmara do pacote de medidas de combate à corrupção e fez mudanças no texto apresentado no plenário, descumprindo acordo com os demais parlamentares, o que gerou diversas críticas a ele. No ano passado, admitiu ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da empresa JBS para pagar dívidas de campanha de 2014. O deputado alegou que, na ocasião, não tinha como declarar o valor na Justiça Eleitoral.

Major Olímpio

Presidente do diretório paulista do PSL, o deputado federal Major Olímpio coordenou a campanha de Bolsonaro em São Paulo. Com discurso conservador, é um dos parlamentares integrantes no Congresso do grupo intitulado “bancada da bala”.

Policial militar desde 1978, foi deputado estadual por dois mandatos, de 2006 a 2014, quando se elegeu deputado federal. Ele conquistou uma cadeira no Senado após obter mais de 9 milhões de votos neste ano.

Paulo Guedes

Anunciado durante a campanha por Bolsonaro como ministro da Economia, o carioca Paulo Guedes, 69 anos, tem perfil liberal, favorável a privatizações e a menor participação possível do Estado na economia.

Formado em economia, Guedes concluiu mestrado e doutorado Universidade de Chicago (EUA), escola ligada ao pensamento liberal econômico. Bem-sucedido no mercado financeiro, foi um dos fundadores do banco Pactual e do Instituto Millenium. Hoje é sócio da gestora Bozano Investimentos.

General Heleno

Um dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, o general de exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, 71 anos, chegou a ser cotado para vice na chapa. Ele participou da elaboração do plano de governo do presidente eleito e também auxiliou na interlocução do candidato do PSL com integrantes da cúpula das Forças Armadas.

Na reserva desde 2011, o general comandou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, foi comandante militar da Amazônia e chefiou o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército. Bolsonaro já o anunciou como futuro ministro da Defesa.

General Mourão

Vice-presidente eleito, o general de exército Antonio Hamilton Martins Mourão (PRTB) passou para a reserva do Exército em fevereiro deste ano, após 46 anos na ativa. Atuou para superar resistências a Bolsonaro na cúpula das Forças Armadas.

Natural de Porto Alegre (RS), o militar tem 65 anos e foi Comandante Militar do Sul. Ele foi exonerado da função em 2015, na gestão de Dilma Rousseff, ao criticar o governo e falar durante uma palestra que era preciso um “despertar para a luta patriótica” como saída para crise política do país.

Gustavo Bebianno

Um dos conselheiros de Jair Bolsonaro, o advogado Gustavo Bebianno, 54 anos, até 2017 não tinha experiência na política. Faixa preta de jiu-jítsu e admirador de Bolsonaro, Bebianno foi apresentado ao deputado em 2017 e se ofereceu para atuar em processos judiciais dele, de graça.



O Sul

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