Crescimento de Bolsonaro preocupa comando da campanha do petista
Sérgio Roxo
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo
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SÃO PAULO - O comando da campanha presidencial do PTavalia que Fernando Haddad foi afetado por uma mobilização de lideranças evangélicas contra a sua candidatura. Esse movimento fez com que Jair Bolsonaro ( PSL ) conquistasse votos principalmente entre as mulheres de baixa renda.
As subidas das intenções de voto de Bolsonaro e da rejeição de Haddad provocaram preocupação no coordenação da campanha. Apesar de ainda considerarem remota essa hipótese, os petistas não descartam o risco de o candidato do PSL vencer a disputa no primeiro turno. Para tentar estancar a estagnação nas pesquisas, Haddad deve reforçar na reta final o vínculo com Lula e destacar principalmente as medidas econômicas da gestão do ex-presidente.
O crescimento do candidato do PSL fez também que os integrantes da campanha petista deixassem de lado os plano que já vinham traçando para o segundo turno e passasse a focar exclusivamente em chegar à etapa final da disputa.
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O comando da campanha do PT afirma ainda ter detectado a divulgação de informações entre os evangélicos vinculando o presidenciável do partido do chamado “ kit gay”. O tema não tem sido abordado em debates ou na propaganda eleitoral, apenas no que os petistas chamam de “submundo da internet”, por isso a dificuldade de combatê-lo.
Em 2011, o Ministério da Educação, sob o comando de Haddad, encomendou a uma ONG a elaboração de material de combate à homofobia para ser distribuído nas escolas. De acordo com o ex-ministro, após a divulgação da informação, parlamentares da bancada evangélica passaram a apresentar uma cartilha produzida pelo Ministério da Saúde para ser distribuído a caminhoneiros como sendo o kit que seria enviado às escolas. O petista ainda diz que o material verdadeiro nunca chegou a ser entregue aos alunos porque diante da polêmica a proposta foi descartada.
Também teria ocorrido uma reação às manifestações de mulheres no sábado contra o candidato do PSL. O comando da campanha do PT entende que o caminho para reverter ou, pelo menos, conter esse crescimento de Bolsonaro entre as mulheres de baixa renda passa por temas que afetam diretamente o bolso. Por isso, na reta final Haddad vai destacar a importância do Bolsa Família e recordar a quantidade de empregos gerados no país no período em que Lula esteve no governo. Os temas serviriam como contraposição às críticas feitas pelo vice de Bolsonaro, General Hamilton Mourão, ao 13º salário.Essa também deve ser a linha adotada pelo candidato no debate da TV Globo, que será realizado na quinta-feira. O programa é visto como muito importante epa coordenação da campanha. Existe chance de essa contraposição entre os modelos econômicos pregados pelas duas candidaturas também seja apresentado no último dia do horário eleitoral, na quinta-feira.
A expectativa, porém, é que no debate da Globo mais uma vez Haddad seja o alvo. Os petistas acreditam que os ataques sofridos até, tanto nos debates como horário eleitoral, contribuíram para o aumento da rejeição do candidato.
A avaliação no PT é que o tucano Geraldo Alckmin, dono do maior tempo na propaganda de televisão, ao adotar uma linha bastante ofensiva contra o PT, apesar de estar mirando em Bolsonaro, tem ajudado indiretamente o candidato do PSL.
O Globo
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