Partido se reúne nesta quinta com representantes de coligações para discutir campanha de José Ivo Sartori
Pedro Simon deve anunciar apoio a Jair Bolsonaro | Foto: Luiz Sérgio Dibe / Especial / CP
Líder histórico do Movimento Democrático Brasileiro no Rio Grande do Sul (MDB-RS), Pedro Simon deve anunciar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) na campanha à presidência da República. Quem afirma é o presidente do partido, Alceu Moreira, que disse não ter dúvida que o ex-senador escolherá o capitão da reserva em vez do candidato do PT e que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad.
O MDB gaúcho se reúne no início da tarde desta quinta-feira com representantes de todas as suas coligações para discutir detalhes da campanha de José Ivo Sartori no segundo turno. Logo após o encontro, Simon, que ainda não falou sobre o assunto, se pronuncia sobre a decisão emedebista anunciada no início da semana em apoiar Bolsonaro.
O partido declarou seu apoio na segunda-feira na presença de Moreira, Sartori e demais lideranças do MDB-RS. Simon, no entanto, não estava presente. O ex-senador, tido como uma das principais lideranças históricas do partido e que, ao lado de Ulysses Guimarães, lutou contra a repressão da Ditadura Militar, foi bastante procurado desde então.
Na tarde desta quarta-feira, no entanto, não quis se pronunciar sobre a decisão emedebista e disse que seu posicionamento sobre o apoio a Bolsonaro só virá depois da reunião diretiva de amanhã. A posição, a princípio, virá através de uma nota oficial.
"É claro que não apoiaria Haddad"
O presidente do MDB-RS, no entanto, assegurou que a postura de Pedro Simon deve acompanhar a do partido. “Uma pessoa com a história de ética do Simon é claro que não apoiaria o Haddad”, disse. E completou: “Entre as duas propostas, não tenha dúvida que ele apoiaria o Bolsonaro”.
De acordo com Alceu Moreira, porém, o apoio já anunciado pelo partido não quer dizer concordância absoluta com as propostas. Ao se dizer contra qualquer ditadura, afirmou que a única possibilidade de um regime fascista seria com uma eleição do PT, que, segundo ele, apoia a situação que vem ocorrendo na Venezuela. Na sua visão, eleger o candidato do PSL não representa nenhuma ameaça à democracia.
Filho de Pedro Simon, Tiago Simon (MDB), reeleito deputado estadual no dia 7 de outubro, considera que o apoio a Jair Bolsonaro seja um caminho lógico a se seguir em função do antagonismo histórico que o partido no Rio Grande do Sul nutre pelo PT, inclusive quando houve coligação por parte do MDB nacional.
De acordo com ele, ficar neutro no processo eleitoral estaria fora de cogitação em um momento político como o que passa o Brasil e apoiar o capitão da reserva teve aprovação majoritária dentro da sigla. O parlamentar, que afirmou não ter conversado com o pai para saber seu posicionamento, não entende que o candidato do PSL possa significar um retorno da repressão no país. “O Bolsonaro fez algumas menções de apreço ao Regime Militar, até por ser um militar, mas tem deixado muito claro o seu compromisso com a democracia.”
Correio do Povo
Juiz determina prisão do ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB)
Irineu Machado, gerente-geral de Notícias
O ex-governador de Goiás e ex-senador Marconi Perillo (PSDB) foi preso na tarde desta quarta-feira durante depoimento que prestava à Polícia Federal em Goiânia. A prisão foi determinada pelo juiz Rafael Angelo Slomp, da 11ª Vara Federal Criminal da capital goiana, no âmbito da Operação Cash Delivery. A operação investiga pagamento de propina nas campanhas eleitorais de Perillo. No último domingo, Marconi sofreu sua primeira derrota política depois de 20 anos no poder em Goiás: ficou em quinto lugar na disputa ao Senado no estado, com 7,5% dos votos válidos.
No mercado financeiro, um aceno de limitação nos planos de privatização do candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, causou barulho. Bolsonaro disse ser contra a privatização de ativos na área de geração de energia elétrica, assim como gostaria de manter estatal o "miolo" da Petrobras, em declarações que causou quedas acentuadas no mercado de ações, especialmente nos papéis da Eletrobras. O dólar teve a maior alta diária em um mês, subindo 1,42%, para R$ 3,764.
Bolsonaro ainda não confirmou participação em nenhum debate de televisão no segundo turno. Nesta quarta, os médicos que cuidam da recuperação do candidato informaram que ele não está liberado para participar de agendas de campanha na rua nem de debates na televisão até passar por nova avaliação na semana que vem.
O PT decidiu esconder o nome do ex-presidente Lula e diminuir o uso da cor vermelha no material de campanha de Fernando Haddad para o segundo turno.
Resumo do dia
Bolsonaro fala em limitar privatização em energia e na Petrobras
Dólar sobe a R$ 3,764, após 3 quedas; Eletrobras tomba 8% e faz Bolsa cair
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PT diminui Lula e a cor vermelha nos materiais de campanha de Haddad
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"Devemos valorizar quem resistiu"
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