segunda-feira, 1 de outubro de 2018

“No Supremo tem gabinete distribuindo senhas para soltar corruptos”

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Senhas para soltar corruptos

Em Brasília, desde quarta-feira (26), nos meios jurídicos só se fala nisto. O ministro Luís Roberto Barroso, em crítica direcionada a (não nominados) colegas de corte, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo, que no STF haveria “gabinetes distribuindo senhas para a soltura de corruptos", em alusão a uma suposta “ação entre amigos” para a liberdade de criminosos e acobertamento de casos relacionados à corrupção.

Na entrevista à jornalista Mônica Bérgamo, o ministro afirmou que a corrupção no Brasil foi endêmica e que há uma aliança entre “corruptos, elitistas e progressistas” para que o combate a ela seja interrompido.

Outras frases de Barroso:

A corrupção foi produto de um pacto oligárquico celebrado entre parte da classe política, parte da classe empresarial e parte da burocracia estatal. Precisamos substituí-lo por um pacto de integridade”.

Grande parte das elites brasileiras acha que corrupção ruim é a dos adversários. Se for a dos companheiros de pôquer, de mesa e de salões, não tem muito problema”.

“O Brasil é o 96º colocado no índice de percepção de corrupção da Transparência Internacional. Eu acordo todos os dias envergonhado com esse número. A despeito disso, menos de 1% dos presos do sistema está lá por corrupção ou por crime de colarinho branco. Tem alguma coisa errada nisso”.

“E ainda assim, no Supremo, tem gabinete distribuindo senhas para soltar corruptos. Sem qualquer forma de direito e numa espécie de ação entre amigos”.

Neste ponto da entrevista, a jornalista atalha: “Que gabinetes, ministro?”

Barroso sorri e fica em silêncio.

A jornalista insiste: “O senhor não acha um risco falar de forma genérica?”

Barroso responde: “Tem gabinetes. Quando a Justiça desvia dos amigos do poder, ela legitima o discurso de que as punições são uma perseguição”.

Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 28/09/2018 e SOS Consumidor


Por que em toda eleição promessas se repetem e quase nunca vemos as soluções?

Irineu Machado, gerente-geral de Notícias

Temas como saúde, educação e segurança pública se revezam entre as principais angústias da população brasileira há anos, ou décadas. Nos últimos 20 anos, o histórico das promessas de campanha dos candidatos a presidente da República revela um padrão na prática política: candidatos prometem o que o cidadão quer, o eleitor não cobra e o pouco que sai do papel muitas vezes se transforma em símbolo de desperdício do dinheiro público. Uma série de reportagens produzida com exclusividade para o UOL pelo Eder Content analisou todos os programas de governo de nove candidatos que tiveram no mínimo 10% dos votos válidos nas disputas presidenciais das últimas duas décadas. No primeiro capítulo desta série, especialistas explicam quais as dificuldades para que prevaleça o ditado popular "promessa é dívida" nos governos eleitos.

Uma reportagem de Beatriz Montesanti mostra que o Brasil está em 156º lugar num ranking de representação parlamentar feminina que compara 190 países. A matéria explica a importância de ter mulheres no Congresso Nacional e as razões para o Brasil estar tão abaixo neste ranking.

Fomos ouvir jornalistas estrangeiros que trabalham na cobertura da campanha eleitoral no Brasil para saber o que chama a atenção deles. "O Brasil não é para principiantes", diz uma das jornalistas entrevistadas.

Voltando a falar em promessas, na série em que checamos a viabilidade das propostas dos presidenciáveis hoje é a vez de conferirmos a promessa de bolsa para diminuir a evasão escolar no ensino médio, feita pelo candidato Ciro Gomes.

Boa leitura e uma boa semana a todos!

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