Exército pede investigação de ameaça a Rosa Weber

Coronel da reserva publicou vídeo com ameaças à ministra do STF

Rosa Weber foi ameaçada em vídeo publicado por coronel reformado | Foto: Nelson Júnior / STF / CP

O Exército confirmou nesta terça-feira que o homem que divulgou um vídeo na Internet insultando e ameaçando a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, é o coronel da reserva Carlos Alves. Em nota, a instituição informa que foi enviada representação ao Ministério Público Militar solicitando que fosse investigada possível ilegalidade.

“O referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército”, diz o texto. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) também aprovou requerimento para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o caso.

Em vídeo que circula nas redes sociais, o militar critica Rosa Weber e a ameaça, caso o TSE acate a denúncia de que a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) tenha patrocinado de forma ilegal o impulsionamento de mensagens falsas pelo WhatsApp. “Como eu, outros coronéis, generais, comandantes da Marinha, brigadeiros, almirantes, nós não aceitaremos fraudes, Rosa Weber. Primeiro, se você aceitar essa denúncia ridícula e tentar tirar Bolsonaro por crime eleitoral, nós vamos derrubar vocês aí sim, porque aí, acabou”, diz o militar.

No vídeo, ele critica o fato de a ministra ter recebido integrantes de PT e PDT que pediram a investigação de denúncias de fraude na campanha. O militar profere palavras ofensivas contra a magistrada. “O PT por um lado acusando e a Rosa Weber aceitando essa denúncia absurda de que o Bolsonaro está patrocinando ou promovendo fraudes bilionárias (...) para plantar fake news. E esta salafrária, corrupta, essa ministra incompetente. Se ela fosse séria, patriótica, se não devesse nada pra ninguém, ela nem receberia essa cambada no TSE”, diz o coronel.

Correio do Povo