terça-feira, 30 de outubro de 2018

A velha política morreu

Por Rubinho Nunes

A vitória avassaladora de Jair Bolsonaro no último domingo, 28, além de romper completamente com o establishment, sepultou a velha política brasileira.

Construiu sua candidatura sozinho, com um discurso avesso ao politicamente correto, dizendo o que lhe vinha à cabeça, usando ternos tortos, camiseta de academia, com corte de cabelo rudimentar. Indiscutivelmente, ele seria o pesadelo de qualquer marketeiro da velha política, e justamente por ser esse pesadelo, se tornou o 38º Presidente do Brasil.

Podem dizer que o Bolsonaro é o Joaquim Teixeira, mas Bolsonaro é o brasileiro de verdade. Aquele que toma café no copinho de cerveja, que põe o pão na mesa para comer com doce de leite, sem frescura. O brasileiro que acredita que tudo pode mudar de vida numa aposta da loteria, mas encontra o verdadeiro prêmio com um beijo e um abraço da filha.

Por mais de 20 anos deu de costas para a velha política, não foi sugado por Brasília. Permaneceu sozinho e avesso ao tradicional, história sacramentada no lançamento de sua candidatura por um partido minúsculo, maior apenas que o PRTB, partido que levou seu vice. Arrastou consigo um General e mal teve tempo para dizer boa noite com seus míseros 8 segundos de TV no horário político. Fez o que nem Lula conseguiu.

Sem cifras milionárias do fundo partidário elegeu a segunda maior bancada do Congresso, 52 Deputados Federais, alçou seu filho Flávio ao Senado, e sagrou vitória de 3 Governadores pelo partido, que se juntam a mais 10 Governadores que ostentaram publicamente o apoio de Jair.

Mas não é só! O Jair não fez campanha. Foi tirado covardemente das ruas poucos dias após o início do primeiro turno, vítima de um ato terrorista protagonizado por amantes de Karl Marx. Passou por cirurgias. Mal conseguiu gravar. Sua plataforma eleitoral foi o wi-fi do hospital, e o comitê de campanha se tornou o leito da UTI, onde passou 20 dias.

A política antiga e rasteira se debateu, agonizou até o último momento.

Ligaram a máquina da maldade. Matérias sensacionalistas, jornalismo tendencioso, fake news e notícias requentadas tomaram contas do noticiário nas últimas semanas. De nada adiantou, Bolsonaro e seu eleitorado foram resilientes, vacinados contra as artimanhas da política.

Seu crescimento fez o impossível: O PT se tornou verde e amarelo. FHC, Marina, Alckmin, Ciro, Goldman, Boulos, PSTU, PCO, Marcio França, Lula, Calheiros, MST, foram ao fronte de Haddad contra o capitão. Sucumbiram miseravelmente!

Jair não precisou da TV, não precisou estar nas ruas. Bastou se vestir da ideia de rompimento, da vontade do povo brasileiro em punir os corruptos, de renovar. Foi eleito com a semente do renascimento do Brasil.

Ao final dessa epopeia, os brasileiros de bem, trabalhadores, sorriram enquanto velhos caciques choraram num único lamento: o do enterro da política que criaram para sugar o Brasil por décadas.

Foram lágrimas daqueles que viram a história passar e perceberam que estavam do lado errado. Foi o choro marginal dos punidos que roubaram o povo.


MBL News

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