sábado, 1 de setembro de 2018

Twitter reforça controle sobre anúncios de temas sensíveis nos Estados Unidos

Nicolas Asfouri / AFP / CP

O Twitter começou a exigir nesta quinta-feira que sejam examinados os usuários responsáveis pela publicação de anúncios de temas sensíveis nos Estados Unidos, como parte de um esforço para frustrar campanhas clandestinas destinadas a influenciar a política. O reforço da política de anúncios inclui a exigência de fotos e informação de contato válida e proíbe que os meios de comunicação dos estados ou as autoridades nacionais comprem anúncios políticos exibidos no Twitter fora de seus países de origem.

Quem colocar estes anúncios no Twitter deverá ser certificado pela empresa e cumprir com certas diretrizes, e os anúncios serão etiquetados como mensagens de temas políticos. “O objetivo desta política é proporcionar ao público uma maior transparência nos anúncios que buscam influenciar na postura das pessoas sobre temas que possam incidir nos resultados eleitorais”, disseram os executivos do Twitter Del Harvey e Bruce Falck em um blog.

A nova política publicitária ocorre em um momento em que as principais empresas de tecnologia, inclusive Facebook, Google e Twitter, tentam combater as campanhas de desinformação por parte de agentes estrangeiros. Facebook, Twitter, Google e Microsoft bloquearam recentemente contas de entidades russas e iranianas que, segundo as companhias, estavam difundido informação equivocada a fim de intervir nas eleições americanas de novembro.

A nova política publicitária no Twitter se aplica a mensagens pagas que identificam candidatos políticos ou que tomam posição em questões legislativas de relevância nacional. Entre os exemplos,
Twitter mencionou: aborto, direitos civis, mudanças climáticas, porte de armas de fogo, atenção sanitária, imigração, segurança nacional, segurança social, impostos e comércio. Em 5 de setembro, os executivos do Vale do Silício vão participar de uma audiência no Senado americano sobre as manobras de estrangeiros em redes sociais para influenciar as eleições.

Fonte: AFP

Jornal com Tecnologia do Correio do Povo

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