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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Trump ataca e inicia confronto verbal com presidente do Irã, na ONU

Presidentes trocaram farpas durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas

Presidentes trocaram farpas durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas | Foto: Bryan R. Smith / AFP / CP

Presidentes trocaram farpas durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas | Foto: Bryan R. Smith / AFP / CP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo para isolar o Irã, enquanto Hassan Rohani acusou Washington de tentar derrubar seu regime: os presidentes partiram para o confronto verbal nesta terça-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Os dois líderes, que rejeitaram a possibilidade de se reunir em Nova York, utilizaram seus discursos na Assembleia Geral para apoiar suas posições.

Trump, que no discurso do ano passado havia ameaçado "destruir totalmente" a Coreia do Norte, este ano destacou o sucesso de sua "audaz" estratégia com Pyongyang. O presidente americano chegou a elogiar a "valentia" do líder norte-coreano, Kim Jong Un, que há um ano chamou de "homem foguete". Este ano foi o Irã, que qualificou de "ditadura corrupta", o alvo da metralhadora giratória de Trump.

"Não podemos deixar que o maior patrocinador mundial do terrorismo possua as armas mais perigosas do planeta", declarou em referência ao apoio de Teerã a movimentos islâmicos como Hamas e Hezbollah. Trump acusou o regime de Teerã de semear "o caos, a morte e a destruição", e defendeu a saída dos Estados Unidos - em maio - do acordo nuclear iraniano de 2015, decisão que irritou seus aliados europeus.

Da mesma tribuna, o presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou Trump de buscar a queda do regime em Teerã, afastando a ideia de retomar as conversações com Washington. Rohani denunciou a posição "absurda" de Trump. A segurança internacional não pode ser "um brinquedo da política doméstica americana".

"É irônico que o governo americano nem sequer tente esconder seu plano para derrubar o mesmo governo que convida para dialogar", denunciou Rohani.  O líder iraniano acrescentou que "para que o diálogo ocorra, não é preciso posar para a foto", e que as duas partes poderiam se escutar nesta Assembleia.

Rohani celebrou o fato de a comunidade internacional não ter acompanhado os Estados Unidos em sua "saída unilateral ilegal do Plano de Ação Conjunto e Completo", o acordo sobre o programa nuclear do Irã. "As sanções ilegais unilaterais em si constituem uma forma de terrorismo econômico", disse.


AFP e Correio do Povo


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