Presidentes trocaram farpas durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas
Presidentes trocaram farpas durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas | Foto: Bryan R. Smith / AFP / CP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um apelo para isolar o Irã, enquanto Hassan Rohani acusou Washington de tentar derrubar seu regime: os presidentes partiram para o confronto verbal nesta terça-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas. Os dois líderes, que rejeitaram a possibilidade de se reunir em Nova York, utilizaram seus discursos na Assembleia Geral para apoiar suas posições.
Trump, que no discurso do ano passado havia ameaçado "destruir totalmente" a Coreia do Norte, este ano destacou o sucesso de sua "audaz" estratégia com Pyongyang. O presidente americano chegou a elogiar a "valentia" do líder norte-coreano, Kim Jong Un, que há um ano chamou de "homem foguete". Este ano foi o Irã, que qualificou de "ditadura corrupta", o alvo da metralhadora giratória de Trump.
"Não podemos deixar que o maior patrocinador mundial do terrorismo possua as armas mais perigosas do planeta", declarou em referência ao apoio de Teerã a movimentos islâmicos como Hamas e Hezbollah. Trump acusou o regime de Teerã de semear "o caos, a morte e a destruição", e defendeu a saída dos Estados Unidos - em maio - do acordo nuclear iraniano de 2015, decisão que irritou seus aliados europeus.
Da mesma tribuna, o presidente iraniano, Hassan Rohani, acusou Trump de buscar a queda do regime em Teerã, afastando a ideia de retomar as conversações com Washington. Rohani denunciou a posição "absurda" de Trump. A segurança internacional não pode ser "um brinquedo da política doméstica americana".
"É irônico que o governo americano nem sequer tente esconder seu plano para derrubar o mesmo governo que convida para dialogar", denunciou Rohani. O líder iraniano acrescentou que "para que o diálogo ocorra, não é preciso posar para a foto", e que as duas partes poderiam se escutar nesta Assembleia.
Rohani celebrou o fato de a comunidade internacional não ter acompanhado os Estados Unidos em sua "saída unilateral ilegal do Plano de Ação Conjunto e Completo", o acordo sobre o programa nuclear do Irã. "As sanções ilegais unilaterais em si constituem uma forma de terrorismo econômico", disse.
AFP e Correio do Povo
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