Seis postulantes ao cargo discutiram propostas em encontro na Record TV RS
Candidatos ao governo do Estado fizeram debate na Record TV RS | Foto: Alina Souza
Uma das principais preocupações dos gaúchos, a segurança pública foi o pano de fundo do debate dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul deste sábado, na Record TV RS. A maioria dos candidatos atacou a atual gestão de José Ivo Sartori (MDB), acusada de ser uma das responsáveis pela escalada da criminalidade no Estado. O candidato à reeleição, por sua vez, se defendeu ao dizer que propôs o maior concurso para a segurança pública do Estado.
Mateus Bandeira (Novo) disse que Porto Alegre se tornou a 39ª cidade mais violenta do mundo. Defendeu que reverterá a situação, apoiando a revogação da lei do desarmamento, o aumento do efetivo policial e a construção de presídios. “A população brasileira foi enganada com a política do desarmamento. Desarmamos a população que passou a ser vítima da criminalidade”, ressaltou.
Já o candidato do PDT Jairo Jorge afirmou que, caso eleito, assumirá a segurança pública com a criação de um conselho de estado. Citou o desmanche da segurança e a falta de investimento como as causas da atual situação. “Quase seis mil homens saíram de seu governo”, disse se dirigindo ao atual governador. “Vou reintegrar todos eles. Vou recuperar coisas positivas de seu governo, do governo Tarso e Yeda”, complementou, explicando que é preciso continuar as boas ideias.
Eduardo Leite (PSDB) defendeu o investimento privado para o combate ao crime e construção de penitenciárias. “Os presídios precisam cumprir duas funções: as punitivas e a de reinserção social, com trabalhos a favor do interesse público”, sustentou. O candidato criticou ainda o PSOL, por ser o único partido a votar contra a lei que permite a doação de empresas privadas para a segurança.
Roberto Robaina, do PSOL, rebateu a crítica e se disse orgulhoso de seu partido por ir contra o plano que “privatiza até a segurança pública”. “(Com essa lei) as empresas podem definir onde estará a segurança pública e não o povo”, rechaçou. O candidato disse ainda que, se eleito, priorizará o combate dos crimes contra a vida.
Miguel Rossetto do PT disse que priorizará o combate a violência contra mulher, com a ampliação de delegacias especializadas no assunto. Ele acusou o atual governo de destruir todas as redes de proteção social às vítimas de violência doméstica.
José Ivo Sartori lembrou do chamamento de dois mil policiais militares na última semana e disse ainda que entregou armas e viaturas para a Brigada Militar. Sartori falou ainda que, se eleito, dará continuidade ao sistema de segurança integrado com os municípios com videomonitoramento para combater a criminalidade.
Foto: Alina Souza
Embate
O debate teve momentos mais acirrados, em que o tom das discussões entre os postulantes ao Piratini subiu. Depois de Sartori, atual governador, Eduardo Leite – que lidera as pesquisas - foi o candidato mais criticado. Os ataques de Miguel Rossetto, José Ivo Sartori e Mateus Bandeira ao tucano foram por causa das investigação de fraudes em exames de pré-câncer em Pelotas, quando o candidato era prefeito.
Rossetto disse que “as mulheres lá de Pelotas confiaram em sua gestão e foram enganadas nos exames preventivos de câncer”. O petista afirmou que Leite tem que assumir as responsabilidades pelos problemas causados por sua gestão.
Em uma dobradinha, Mateus Bandeira perguntou a Sartori a responsabilidade de um gestor público quando a saúde é fraudada – uma clara referência a Leite. O atual governador disse que nunca teve receito de falar a verdade e de que sempre foi transparente com a população e alfinetou: “Nós nunca descuidamos da saúde da mulher em nenhum momento”.
Na tréplica, Bandeira afirmou que leite se diz vítima de falsas notícias e complementa: “Vítima é Emanuele Machado da Silva, de 33 anos”, que morreu em agosto vítima de câncer de colo do útero.
Eduardo Leite disse que os candidatos distorcem as informações. O tucano falou que, de acordo com a Justiça Eleitoral, não se pode atribuir casos não confirmados a um candidato. Disse ainda que assim como o apoio – se referindo a última pesquisa eleitoral que o coloca como líder das intenções de voto – vem os ataques da velha política. “Nós não vamos atacar os adversários e sim os problemas para melhorar o RS”
As discussões também se acirraram quando o assunto foi diretos trabalhistas. Leite acusou Miguel Rossetto de mentir ao afirmar que o PSDB defende o fim do 13º: "Eu peço que não minta para a população. Em nenhum momento houve posição do PSDB de acabar com o 13º, muito pelo contrário". O tucano disse que pretende governar de forma bem distinta do PT e acusou o partido de Rossetto de "raspar os cofres judiciais". Defendeu o desenvolvimento sustentável e prometeu reduzir os custos das produção, investindo em infraestrutura, para que o Rio Grande do Sul volte a ser competitivo.
Rossetto rebateu: "A mentira está com o senhor. Mas concordo que temos visões diferentes". O candidato do PT disse que enquanto nos governos do PSDB há muitas pessoas na zona da pobreza, no do PT, não. "Eu quero é uma renda mais distribuída".
Foto: Alina Souza
Saúde
Outro tema importante que foi abordado no debate de hoje foi a saúde. Ao falar sobre o assunto, o candidato do PSOL Roberto Robaina criticou o atual governo, que, segundo ele, deseja congelar os investimentos em diversas áreas do Estado. "Se isso acontecer, a situação da Saúde ficará pior do que está. Muitos pacientes esperam mais de dois anos para receber o atendimento mínimo e muitos dependem da 'ambulância terapia'. A atual gestão passa a imagem de que não há dinheiro, mas se houver o combate à sonegação de impostos, teremos R$ 8 bilhões para investir nesta área e melhorar a vida do povo", disse.
Jairo Jorge afirmou que pretende recriar uma loteria gaúcha que possa gerar recursos para a saúde. "Todo recurso dessa loteria irá para hospitais. Eu acredito que, com apoio dos gaúchos, nós poderemos enfrentar esta questão e ajudar a área a da saúde", colocou.
Já Eduardo Leite afirmou que o Estado convive com problemas de repasses de recursos e lembrou que, em Pelotas, a sua gestão como prefeito conseguiu diversos feitos na área da saúde. "Tivemos em Pelotas prêmios neste tema. Conseguimos concluir o ciclo na saúde bucal e fomos premiados por isso. Fomos reconhecidos inclusive internacionalmente com a Rede Bem Cuidar. Quero estender isso para todo o nosso estado", avisou.
José Ivo Sartori, do MDB, prometeu durante o debate uma atenção ampliada e avançada na área da saúde. "Conseguimos reduzir as demandas nas consultas especializadas em 50%, mas ainda falta muito. Na parte da teleoftalmo, tivemos dificuldades iniciais, mas já temos isso em Porto Alegre e em outras seis cidades. Na primeira infância, tivemos os melhores resultados e, embora tenhamos herdado uma dívida enorme, negociamos com os principais hospitais para buscar uma saída", recordou.
Críticas à corrupção e ao governo federal
Roberto Robaina atacou o MDB, acusando o partido de ser um dos mais envolvidos em processos de corrupção. Disse que a própria Procuradoria-Geral da República citou que o presidente da República Michel Temer é chefe de uma quadrilha e que tem como braço direito Eliseu Padilha – um dos líderes do MDB gaúcho.
O candidato do MDB José Ivo Sartori retrucou a afirmação e disse que o governo federal sempre manteve as portas abertas para ajudar o Rio Grande do Sul. E comemorou que, graças ao contato com o governo de Temer, o Estado conseguiu reduzir o deficit de R$ 25,5 bilhões para R$ 8 bilhões.
Após reforçar os laços com o governo federal, mas ressaltando que nunca apoiou a chapa Dilma-Temer, Sartori disse que sancionou a lei anticorrupção e que instaurou uma comissão ética para cuidar dos atos do governo.
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