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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Novo grupo de venezuelanos desembarca no Rio Grande do Sul

Dos 92 que chegaram a Porto Alegre, 40 irão para Cachoeirinha e 52 para Chapada, no Norte do Estado

Novo grupo de venezuelanos desembarca no Rio Grande do Sul | Foto: Guilherme Almeida

Novo grupo de venezuelanos desembarca no Rio Grande do Sul | Foto: Guilherme Almeida

O grupo de 92 venezuelanos que deixou Boa Vista, em Roraima, desembarcou em Porto Alegre no início da tarde desta quinta-feira. Após os trâmites legais, 40 homens foram levados para Cachoeirinha, na Região Metropolitana, e 52, entre homens, mulheres e crianças, viajaram para a cidade de Chapada, no Noroeste do Estado, a aproximadamente 329 quilômetros de Porto Alegre.

A ação faz parte de mais uma etapa do processo de interiorização de imigrantes que chegaram pela fronteira do País e estavam em situação de extrema vulnerabilidade. Os venezuelanos encaminhados para Cachoeirinha foram recepcionados sob aplausos dos conterrâneos que já haviam sido acolhidos, no início da semana, no abrigo da cidade, localizado na rua Ruy Barbosa, 65, nas proximidades da divisa do município com a Capital. À noite, eles participam de um jantar oferecido pelo CTG Sinuelo da Amizade.



Novas perspectivas

O grupo que chegou na terça-feira realizou o Cadastro Único e fez entrevistas individualizadas com a psicóloga da Prefeitura, Luciane Carraro, com o objetivo de traçar um perfil social e profissional.

Entre os recém chegados está o jovem Samir Martinez, 22 anos, que chegou ao município gaúcho com um boné e uma jaqueta estampados com as cores da terra natal. Na Venezuela ele cursava Engenharia da Computação e não conseguiu concluir os estudos por conta da crise. "As pessoas foram corrompidas e perdeu-se a ética no meu país. Ainda amo minha terra e pretendo voltar, mas agora vou pensar no tempo que tenho no Brasil", disse.

Após 40 dias vivendo em Boa Vista, Martinez afirmou que a situação estava complicada. "Cheguei em busca de emprego e não encontrava nada, estava complicado e precisei morar nas ruas", contou, ressaltando que está feliz de chegar ao Rio Grande do Sul e pretende buscar cursos na área de Produção Audiovisual, pois tem um canal no Youtube e quer se profissionalizar.

De acordo com a assistente social Simone Moraes, da Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Habitação de Cachoeirinha, as características dos grupos são variadas. Em média, eles estão entre a faixa etária de 20 a 38 anos e muitos possuem ensino superior completo.

É o caso do médico Andrés Eduardo Castellanos, 22 anos, que é pediatra especializado em neonatologia. Ele trabalhava com recém-nascidos em hospitais da Venezuela e precisou buscar alternativas no Brasil, pois não estava recebendo salário. Em busca de condições melhores, Castellanos deixou os irmãos e a mãe na terra natal e chegou a Roraima em outubro de 2017. Prestes a completar um ano em território brasileiro, ele explicou que busca oportunidades de emprego na medicina. "Quero exercer minha profissão, seguir estudando e ajudar minha família", enfatizou.

Além disso, destacou que a situação em Roraima está cada vez mais complicada. "Quando cheguei consegui trabalhar em uma padaria, mas a cada dia que passa mais gente atravessa a fronteira e não existem mais oportunidades", detalhou.

De acordo com o secretário municipal de Assistência Social, Cidadania e Habitação de Cachoeirinha, Valdir Mattos, a prefeitura precisa da ajuda da comunidade com doações de roupas masculinas e alimentos para auxiliar os imigrantes. As contribuições podem ser entregues na Secretaria de Assistência Social, Cidadania e Habitação, na avenida general Flores da Cunha, 2209. Para informações e orientações sobre como atuar como voluntário, o Executivo municipal disponibilizou dois telefones: 997181754 ou 991186207.

Segundo Mattos, a prioridade dos imigrantes é emprego. "Queremos contar com a comunidade, com empresários. Temos recebido várias atenções e manifestações de apoio, mas precisamos mesmo é colocá-los no mercado de trabalho. Além, é claro, das doações, que são importantes. Precisamos de todo tipo de ajuda", afirmou. Ainda conforme Mattos, o mais importante é recebê-los de braços abertos. "Estão todos ansiosos, querendo trabalhar, deixaram famílias. Temos pessoas muito qualificadas e é importante valorizar isto", disse.



Correio do Povo


PORTO ALEGRE

Prefeitura contesta reclamação da EGR por atraso para autorizar reforma


General Mourão critica 13º salário e adicional de férias, e Bolsonaro desautoriza seu vice

Irineu Machado, gerente-geral de Notícias

Boa noite! Mais uma vez, uma declaração de um integrante do seu próprio "time" causou desconforto na campanha do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). Depois de seu guru econômico, o economista Paulo Guedes, ter falado na semana passada a uma plateia restrita em recriar um imposto nos moldes da CPMF, agora o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa, criticou a empresários o 13º salário e o adicional de férias. Nos dois casos, Bolsonaro se pronunciou do hospital onde está internado em São Paulo para desautorizar seus colegas. À tarde, o candidato publicou no Twitter que criticar o 13º "é uma ofensa a quem trabalha". Nosso blogueiro Josias de Souza comenta o impacto das declarações de Mourão na campanha de Bolsonaro.
A alta de Bolsonaro do hospital, inicialmente prevista para esta sexta, foi adiada por causa de uma infecção.
Nesta quinta-feira, o TSE, em decisão por unanimidade, barrou a candidatura de Anthony Garotinho (PRP) ao governo do Rio de Janeiro, por causa de uma condenação dele na Justiça por improbidade administrativa, o que o enquadra na Lei da Ficha Limpa. Garotinho ainda pode recorrer da decisão, mas não pode mais fazer atos de campanha.
Depois que o Supremo Tribunal Federal confirmou o cancelamento de 3,4 milhões de títulos de eleitores que não fizeram a revisão cadastral, veja como saber se o seu título está entre os cancelados.

Resumo do dia

Mourão critica 13º salário e adicional de férias

Após infecção, alta de Jair Bolsonaro é adiada

TSE barra candidatura de Garotinho ao governo do Rio

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Como saber se o seu título de eleitor está entre os 3,4 milhões cancelados

Josias de Souza: Mourão é mais que um general em loja de louças

Dólar tem 3ª queda e fecha abaixo de R$ 4; Petrobras salta 6% e puxa Bolsa

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