domingo, 5 de agosto de 2018

Erdogan pede congelamento de bens de ministros dos EUA na Turquia

Presidente turco não especificou nomes integrantes da administração americanos afetados

Erdogan pede congelamento de bens de ministros dos EUA na Turquia | Foto: Handout / Turkish Presidential Press Service / AFP / CP

Erdogan pede congelamento de bens de ministros dos EUA na Turquia | Foto: Handout / Turkish Presidential Press Service / AFP / CP

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu neste sábado o congelamento dos bens na Turquia dos ministros americanos da Justiça e do Interior, uma resposta a sanções similares de Washington pela detenção de um pastor americano. "Até ontem (sexta-feira) à noite permanecemos pacientes. Hoje (sábado) dou a ordem: congelaremos os ativos na Turquia dos ministros americanos da Justiça e do Interior, se eles tiverem algum", declarou Erdogan em um discurso em Ancara exibido pela televisão. Ele não especificou os nomes dos integrantes da administração americana que seriam afetados.

O procurador-geral americano é Jeff Sessions. O governo dos Estados Unidos não possui um ministério do Interior similar ao da Turquia: o secretário do Interior é Ryan Zinke, enquanto Kirstjen Nielsen comanda o Departamento de Segurança Interna. "Não queremos ser parte de um jogo perde-perde. Levar uma disputa política e judicial ao campo econômico prejudica os dois países", completou. A tensão entre os dois países, aliados na Otan, aumentou ainda mais esta semana com a detenção na Turquia do pastor americano Andrew Brunson, acusado de realizar atividades "terroristas" e de espionagem.

O governo dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira sanções contra os ministros turcos do Interior e da Justiça, Suleyman Soylu e Abdulhamit Gul, acusados de desempenhar um papel chave na detenção do pastor. O presidente Donald Trump, seu vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado Mike Pompeo transformaram a libertação do pastor Andrew Brunson em uma prioridade e aumentaram o tom do discurso desde que ele foi colocado em prisão domiciliar. As autoridades turcas acusam Brunson de atuar a favor da dede do pregador muçulmano Fethullah Gülen, que vive nos Estados Unidos, e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). As duas organizações são consideradas "terroristas" por Ancara.


AFP e Correio do Povo

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