sexta-feira, 31 de agosto de 2018

A HISTÓRIA SE REPETE: ENQUANTO MÍDIA TENTAR LACRAR, BOLSONARO VAI “MITAR”

A mídia não aprende. Insiste em sua estratégia de “desconstruir” Bolsonaro, sempre pela ótica elitista de quem vive preso numa bolha “progressista” e acha que o povo todo segue a mesma cartilha. Em vez de levar Bolsonaro a sério como os demais candidatos e tentar extrair de fato respostas sobre coisas concretas, propostas e como executa-las, os jornalistas preferem “lacrar” com pautas esquerdistas, retratando o candidato como um “homofóbico machista”. O tiro sai pela culatra.

A reação nas redes sociais mostra como William Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, foram trucidados pelo capitão. Levantaram todas as bolas, encarando a caricatura que criaram, o espantalho, em vez de olhar para o homem de carne e osso que tem falado a língua do povo. Focar na questão da “desigualdade” salarial com base em sexo, na agenda LGBT, no resgate do regime militar ou na forma “bárbara” com a qual o candidato quer tratar marginais é a prova de como a imprensa se descolou da realidade.

As chamadas nas mídias do grupo Globo após o debate comprovam a alienação. Os jornalistas acreditam mesmo que destacar a fala do entrevistado sobre como lidar com bandidos é algo negativo para sua campanha. É o que dá viver fechado numa casta de “progressistas” e confundir isso com o real. Guilherme Macalossi apontou para esse detalhe:

Só na cabeça dos atores globais o criminoso é um “ser humano normal”. Na cabeça do povo, criminoso tem que ser tratado com dureza, como alguém que escolheu o caminho do crime e merece pagar caro por isso. Não tem essa de “vítima da sociedade”. Mas a mídia é influenciada por sociólogos da USP, por antropólogos e psicólogos ligados ao PSOL. Dá nisso: um distanciamento enorme entre jornalistas e povão. Vejam outros comentários nas redes sociais:

“Finalmente, vi a tal da entrevista ao JN. Bolsonaro foi medíocre, mas como William Bonner e Renata Vasconcelos foram de uma tragédia ímpar, o Capitão conseguiu dar a impressão de que é uma espécie de Winston Churchill destes tristes trópicos. Já disse e repito: Bolsonaro será eleito não por causa dos seus próprios méritos como candidato a presidente – os méritos dele sobre outros domínios da sua vida não vêm ao caso agora -, mas sim por causa da absoluta incompetência do status quo brasileiro, em especial a imprensa”. – Martim Vasques da Cunha

“Antigamente quando a imprensa queria destruir algo ela estalava o dedo e fazia. Hoje o nível é tão baixo que ela consegue promover quem ela odeia de tão despreparada, maldosa e suja que ela é. Nao a toa fecham veiculos todo dia. Eu não lamento, não. É merecida a crise no setor.” – Rica Perrone

“Que tal fazer Bolsonaro, por si só, apresentar seu despreparo profundo? Que tal cobrar-lhe 27 minutos de ideias executivas sobre o Brasil? Que tal explorar a Wal do Açaí e o que seria contradição na narrativa contra privilégios do candidato? Ele pode até convencer. O lance nunca foi – não pode ser – derrotá-lo. Talvez, afinal, convença. E o jornalismo terá cumprido sua missão. Tudo certo. Por ora, contudo, só cultivou o mito.” – Carlos Andreazza

“Como em situações desse tipo, aqueles que odeiam Bolsonaro tenderão a acreditar que o candidato foi mal. Os apoiadores dele, em contrapartida, ficarão satisfeitos com a performance. A paixão e as emoções costumam se sobrepor à racionalidade, especialmente em campanhas. Tecnicamente, porém, Bolsonaro foi eficiente. A entrevista é mais um fato político relevante a seu favor. Provavelmente ajudará na consolidação das intenções de voto do candidato. É incerto, no entanto, se indecisos foram conquistados; e improvável que a alta rejeição dele tenha se alterado.” – Diego Escosteguy

“O jornalismo brasileiro está há tanto tempo fazendo o jogo de faz de conta dos políticos que simplesmente não sabe lidar com um candidato que fala o que pensa. Mesmo com as suas limitações, Bolsonaro destruiu a bancada do Jornal Nacional. Impressionante.” – Leandro Ruschel

“Foi o maior comício eletrônico da vida de Bolsonaro. E ele soube aproveitá-lo. Quase deixou Bonner e Renata sem fala. Saiu maior do que entrou.” – Ricardo Noblat

Eis, por fim, o comentário de Felipe Moura Brasil sobre a entrevista:


Se Bolsonaro aproveitou o grande poder que a televisão ainda tem em nosso país para sedimentar sua liderança na corrida eleitoral, isso foi possível somente porque os próprios jornalistas vivem aprisionados em sua bolha “progressista” e não estão acostumados a entrevistar alguém que fala certas verdades em suas caras. O jornalismo brasileiro tem muito a melhorar. Para tanto, precisa abandonar seu forte viés esquerdista.

Rodrigo Constantino

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