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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Motoristas de aplicativos protestam nesta segunda em Porto Alegre

Concentração será no largo da Epatur

Protesto contra a falta de segurança aos motoristas do transporte de passageiros por aplicativos (apps) pode criar dificuldades de acesso ao serviço em Porto Alegre. As 7h desta segunda-feira os profissionais farão concentração junto ao largo da Epatur onde decidirão como será a manifestação, contrária também ao prefeito e a plataforma Uber. A carreata é uma possibilidade.

Organizada pela Associação Liga dos Motoristas de Aplicativos (Alma) a greve, se durar o turno da manhã, "será suficiente para alertar a sociedade de um problema amplo e de todos: a alta criminalidade e a insegurança", afirma o presidente da Alma, Joe Moraes. Na última semana houve o assassinato de dois motoristas de apps e vários foram assaltados, afirma.

Os vetos do prefeito Nelson Marchezan Júnior a emendas de projetos aprovados na Câmara, que trariam mais segurança são a origem do protesto. Segundo Moraes, o prefeito negou emendas que minimizariam riscos aos profissionais. Citou, por exemplo, as que permitiriam ao motorista ver a foto e identificar o passageiro, saber o destino da corrida antes de aceitá-la e ter a opção de escolher a modalidade do pagamento da corrida.

Somente a Uber, critica o presidente da Alma, obriga o motorista a aceitar o pagamento em dinheiro e não dá acesso ao destino da corrida solicitada - isso só acontece quando o passageiro está no veículo. "As operadoras se negam a promover atualização da sua plataforma para corrigir falhas que ajudariam a identificar o passageiro e melhorar a segurança", acusa o dirigente.

"Ocorre uma média de três, quatro assaltos por dia de motoristas de apps. Não sabemos nada sobre quem estamos transportando. Muitos assaltantes usam informações e dados falsos para se cadastrarem nos apps. As plataformas tem o dever de bloquear, impedir que isso continue acontecendo", diz.

Na expectativa de Moraes, a manifestação de amanhã deve obter boa adesão da categoria. "Afinal estamos 24h por dia expostos ao perigo decorrente da falta de segurança e de policiamento", explica. A Alma está interligada a, aproximadamente, 6 mil motoristas de apps em operação entre Porto Alegre e a sua Região Metropolitana.


Correio do Povo

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