domingo, 29 de julho de 2018

Ministro ressalta urgência de solução para freeway

Carlos Marun percorreu rodovia neste sábado para verificar condições de uso

Conforme Marun, o trecho de Porto Alegre a Gravataí, “já há um bom número de pontos onde a capa final está deteriorada

Conforme Marun, o trecho de Porto Alegre a Gravataí, “já há um bom número de pontos onde a capa final está deteriorada" | Foto: Mauro Schaefer

A falta de manutenção da freeway já começou a prejudicar a estrada. A constatação foi do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, que percorreu a rodovia de Porto Alegre até a praça de pedágio de Santo Antônio da Patrulha, com o objetivo de realizar uma vistoria e verificar as condições de uso. “A rodovia tem um estado superior à média das rodovias brasileiras, mas já começa a sentir os efeitos da falta de manutenção”, disse. Conforme Marun, principalmente no trecho de Porto Alegre a Gravataí, “já há um bom número de pontos onde a capa final está deteriorada”.

Apesar de considerar que ainda não existem muitos pontos com buracos ao longo do trecho, Marun admite que “é necessário uma atuação forte para que a estrada volte a ter o nível anterior ao fim da prestação de serviço, até porque os gaúchos estão acostumados com isso”.

“Volto à Brasília levando ao ministro dos Transportes a minha visão de urgência de uma solução”, enfatizou. Em 3 de julho a concessão à Concepa foi encerrada e, duas semanas depois, no dia 17 de julho, iniciaram as discussões a respeito da possibilidade de a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) assumir de forma emergencial a operação da freeway.

Apesar de não haver um prazo final, Marun ressaltou que a questão está sendo tratada “com a importância que ela tem”.  A expectativa, segundo ele, é “bater o martelo” após duas reuniões que devem ocorrer em Brasília, na terça e na quarta-feira, entre o Ministério dos Transportes, a EGR e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). “Depois temos um trâmite burocrático, mas o ideal seria que em no máximo 30 dias nós já estivéssemos com a rodovia sob nova direção. Este é o ideal, é a meta e vamos perseguir esta meta”, destacou.

Licitação

Marun ainda lembrou que a EGR não assumiria a operação da freeway de forma definitiva. “Existe uma licitação e nós entendemos que, se tudo correr bem, a nova concessionária definitiva poderá assumir por março ou abril do ano que vem, mas os gaúchos necessitam e merecem que, até lá, a rodovia volte a ser aquela com a qual nos acostumamos”, assinalou. Tanto o governo do Estado, quanto o governo Federal, estão conscientes da importância da questão, de acordo com Marun. “Estou otimista com relação à celebração desta parceria que, concretizada, virá em benefício dos gaúchos”, afirmou, referindo-se à concessão temporária da freeway à EGR.

O Dnit entregou o Plano de Exploração da freeway à EGR na quarta-feira, 25 de julho, onde constam todas as informações técnicas necessárias para a avaliação. Caso os serviços não sejam assumidos pela empresa, o “plano B” seria permanecer com a gestão do Dnit.

De acordo com o superintendente do Dnit/RS, Allan Magalhães Machado, enquanto não se concretiza a delegação com o Estado, o Dnit/RS conta com a perspectiva de que até o início de setembro uma empresa já esteja efetivamente contratada para realizar a manutenção do trecho, conforme edital lançado na quarta-feira, 25 de julho.

“Estamos tomando as providências como uma forma de precaução, para evitar que tenhamos uma situação de falta de cobertura em todo este trecho rodoviário”, explicou. A empresa deve realizar exclusivamente o serviço de manutenção e não haverá contratação no sentido de atendimento mecânico em caso de problemas, postos de serviço ao usuário, limpeza ou socorro médico. “Estes serviços não serão contratados porque extrapolam a competência do Dnit enquanto órgão executor de gestão de rodovia federal”, declarou.

De acordo com o superintendente, o contrato seria de manutenção, como é feito em todas as outras rodovias federais do Estado. “O recurso, neste momento, precisará ser realocado de outras rodovias do Estado, dentro da mesma dotação orçamentária que existe para manutenção. O contrato está estimado em R$ 120 milhões para um período de dois anos, mas ele funciona através de medição de serviços, não fazemos pagamentos fixos, não existe um aporte permanente durante este período. De acordo com as necessidades, a gente realiza as medições”, disse. A rodovia, ainda segundo o superintendente, começou a apresentar sinais de degradação “em um período muito curto”.


Correio do Povo




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