Indústria garante que medida será ineficaz pela alta dependência rodoviária
Indústria garante que medida será ineficaz pela alta dependência rodoviária | Foto: Guilherme Testa / CP Memória
A aprovação da Medida Provisória 832/2018, que define um valor mínimo para o frete rodoviário de cargas no Brasil, "levará ao aumento geral de preços para a população brasileira", afirmou nesta quarta-feira a CNI (Confederação Nacional da Indústria). De acordo com a entidade, a fixação do valor mínimo para o frete "pode institucionalizar um retrocesso que trará graves consequências para a economia brasileira".
A CNI ainda destaca que a Medida Provisória pode se mostrar ineficaz, com os "custos de produção e sobre a inflação pagos por toda a sociedade". "O tabelamento do frete inevitavelmente levará ao aumento geral de preços para a população brasileira, em função da alta dependência rodoviária do país", afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. Ele ainda alerta para a "um elevado risco de que a fixação de preços mínimos resultará na cartelização do setor, com consequências danosas para toda a economia".
Mais cedo, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) estimou que o tabelamento do frete causará um impacto de R$ 3,3 bilhões para a indústria paulista entre os meses de junho e dezembro deste ano. Ao final da nota, a CNI afirma que continuará atenta à medida para demonstrar a "ineficácia como solução para o problema do transporte rodoviário de cargas no Brasil".
R7 e Correio do Povo
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