sábado, 28 de julho de 2018

Cármen Lúcia diz que é preciso repensar o Poder Judiciário

Presidente interina citou demora na conclusão de processos como problemas a serem corrigidos

Ministra destacou que país passa por um momento de insegurança econômica, política e jurídica | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

Ministra destacou que país passa por um momento de insegurança econômica, política e jurídica | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e também presidente da República em exercício, Cármen Lúcia, disse nesta sexta-feira que o poder judiciário brasileiro precisa ser transformado para atender aos anseios da sociedade. Segundo ela, a Constituição Federal, que completa 30 anos em 2018, trouxe muitos avanços para a democracia brasileira, mas ainda há problemas a serem superados, inclusive privilégios da categoria do judiciário.

"Não tenho dúvidas que, como todas as instituições estatais, passando por mudanças no mundo como temos passado, no Brasil também, é preciso que tenha mudanças, algumas estruturais, algumas que são apenas funcionais. Não tenho dúvidas que privilégios que são indicados, inclusive pelas corporações do sistema de justiça, magistratura, ministério público, tem que ser pensados, repensados, refeitos, restringidos aos limites da legalidade, que é o que nós temos tentado fazer permanentemente", disse a presidente interina, em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Ela citou como avanços nessa direção a transparência dos gastos, com a publicação dos ganhos dos quase 18 mil juízes brasileiros no site do Conselho Nacional de Justiça, além da Corregedoria Nacional de Justiça. Outro problema citado por Cármen Lúcia é a demora para a conclusão nos processos judiciais, que, segundo ela, "continua sendo mais do que o razoável que a Constituição estabelece como direito das pessoas". De acordo com a ministra, o Brasil tem 80 milhões de processos e 18 mil cargos de juiz, sendo que 23% das vagas não estão providas por causa do limite de gastos no judiciário.

"Estamos pensando em soluções. Criamos a câmara digital de litigação, considerando que o segundo maior litigante no sistema judicial brasileiro é o sistema bancário. Criamos mecanismos novos de mediação, que sem a pessoa precisar sair de casa, possa impedir a judicialização excessiva, o que tira o tempo do juiz se dedicar às grandes causas", disse Cármen Lúcia.

Superação de divergências

A ministra destacou que o país passa por um momento de insegurança econômica, política e também jurídica, o que requer a união de todos e superação das divergências em prol do estado democrático de direito, sem a perda do elo humano que faz do Brasil um país único, "e não 200 milhões de brasis".

"Não acho que tenhamos uma tarefa fácil nem nos próximos dias, nos próximos meses talvez nem nos próximos anos. Mas, fácil ou difícil, essa é a tarefa que nós temos para que a gente tenha chance de viver bem. Mas, principalmente, para que os que vierem depois de nós saibam que nós tentamos. A democracia é uma planta muito tenra e a gente tem que cuidar todo dia, porque a erva daninha toma conta muito depressa e não precisa de cuidado. Mas eu não gosto de erva daninha. Eu tenho gosto é da flor da democracia e é com ela que eu quero viver", disse Cármen Lúcia.


Agência Brasil e Correio do Povo


PCC abre mão de "taxa de matrícula" para recrutar um novo bandido por hora

Pedro Ladeira/Folhapress

Governo estará com Meirelles ou não terá candidato, diz Padilha

Ex-ministro da Fazenda enta obter maioria no MDB para disputar a Presidência da República

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Toffoli não vê urgência em pedidos de liberdade de Cunha e adia julgamento

Ex-presidente da Câmara dos Deputados está preso em Curitiba desde outubro de 2016

Carmen Lúcia diz que país tem de voltar a ser "pátria mãe gentil"

Presidente do Supremo Tribunal Federal criticou a "raiva" disseminada na política

 Eduardo Anizelli/Folhapress

Odebrecht terá 22 anos para devolver R$ 30 mil aos cofres públicos

Empreiteira teve um dos acordos com o Ministério Público Estadual de SP homologado pela Justiça

Nilson Bastian/Câmara dos Deputados; Alice Vergueiro/Estadão Conteúdo; Alex Silva/Estadão Conteúdo; Marcelo Chello/Estadão Conteúdo

Por que está tão difícil escolher um vice e por que ele é importante

Figura do vice tem se mostrado fundamental na composição de alianças políticas

Projeto propõe fim de exame de revisão para aposentado por invalidez

Há 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, segundo o censo de 2015

Procon autua aéreas por cobrar para marcar assento; Anac permite cobrança

Valores variam entre R$ 10 e R$ 25, dependendo do tipo de tarifa e da companhia aérea

Juro do cheque especial cai, mas ainda é de 300% ao ano

Bancos oferecem taxas diferentes de acordo com o plano contratado

Conta de luz segue com taxa extra mais cara em agosto

Conta continua com uma taxa extra de R$ 5 a cada 100 kW/h consumidos

Ambiente

Calor na Europa é "sinal inequívoco" de aquecimento global, dizem cientistas

Cinema

"Star Wars": Carrie Fisher e Mark Hamill estão confirmados em "Episódio 9"

Famosos

Gravidade da overdose deixou Demi Lovato perto da morte, diz site

Agenda do dia

Cinema | 'Missão Impossível', 'Alguma Coisa Assim' e mais cinco filmes estreiam




Nenhum comentário:

Postar um comentário