Reunião em Singapura pode selar acordo de paz entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, em guerra desde 1950
RODRIGO LOPES
Capella Hotel, o cinco estrelas em Sentosa Island, Singapura, onde os dois líderes devem se reunir na próxima semana
Um encontro com a envergadura do que acontecerá na terça-feira (noite de segunda no horário de Brasília) reúne aspectos pitorescos, como o fato de Donald Trump não tomar bebida alcoólica e ser apaixonado por hambúrguer, enquanto Kim Jong-un adorar massa e vinho. As curiosidades dão leveza a um assunto árido como a questão nuclear na Península Coreana. Outra especulação que você confere aí ao lado é sobre os presentes que eles devem trocar – os norte-coreanos já deram cães a outros chefes de Estado, mas acho difícil Trump sair de Singapura com um mascote a bordo do Air Force One. No fundo, essas amenidades servem para aliviar a alta tensão.
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Os olhos do mundo estarão voltados para Singapura, depois de EUA e Coreia do Norte quase irem às vias de fato em 2017. Mas não sejamos ingênuos: antes de ficarem diante das câmeras – sentados, como quer a delegação de Kim, porque o norte-coreano é 18 centímetros mais baixo do que Trump –, tudo já estará acertado. Nem que seja a garantia de um segundo encontro em Washington.
Em se tratando da instabilidade emocional dos protagonistas, não seria exagero imaginar que, até a última hora, um dos dois poderá cancelar a reunião. Não acho que isso vá acontecer, mas cautela é saudável. Afinal, Trump já fez isso duas semanas atrás e recuou.
Os Estados Unidos reafirmam que a Coreia do Norte precisa abdicar de suas armas nucleares. Não sabemos até onde Kim está disposto a ir, mas
o certo é que nunca antes esteve em posição tão favorável – e armado – à mesa de negociações com o Ocidente. China e Rússia serão avalistas de sua palavra.
GaúchaZH
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