quinta-feira, 21 de junho de 2018

Quem é a russa que quer punir os torcedores brasileiros por assédio

Chocada com as imagens que repercutiram nas redes sociais, causando revolta entre personalidades e internautas, ela fez uma petição on-line na manhã desta quarta, 20

Por Marcelo Menna Barreto

Alena: eles não humilharam apenas a mulher que aparece no vídeo, como também todas as mulheres da Rússia

Foto: Arquivo Pessoal

Ao contrário de que alguns veículos de mídia on-line publicaram esta manhã, 20, Alena Popova não é jurista. A russa, que está instigando o mundo a se manifestar em uma petição on-line para que os torcedores brasileiros flagrados em um vídeo assediando mulheres de seu país durante a Copa do Mundo sejam responsabilizados, se identifica como ativista social, exerceu a atividade de jornalista, se diz uma empreendedora e trabalha desde 2014 com a deputada Galina Petrovna Khovanskaya na Duma, a Câmara Baixa do Parlamento da Federação Russa. Alena se diz chocada com as imagens que repercutiram nas redes sociais, causando revolta entre personalidades e internautas. A petição foi endereçada ao Ministério do Interior da Russia e à Embaixada do Brasil no país.

Para Alena, a lei russa permite várias opções para penalizar alguém que agride publicamente a honra e a dignidade de outra pessoa. No caso dos brasileiros, a ativista acrescenta que eles não humilharam apenas a mulher que aparece no vídeo, como também todas as mulheres da Rússia. “No começo um dos homens acrescenta a palavra russos”, declara. Na descrição do abaixo-assinado, a ativista informa: “os cidadãos estrangeiros em vídeo podem ser responsabilizados por cometer um delito nos termos da Parte 1 do artigo 5.61 do Código da Federação Russa sobre Infracções Administrativas”.

Desde 2013, Alena Popova ainda está à frente do projeto Mulheres Protegidas. “Dentro da minha luta contra a desigualdade de gênero eu me concentro no combate à violência doméstica que acontece em cada quatro famílias russas”. Segundo Alena é o problema mais crítico, “já que não só causa danos físicos, mas também psicológicos, influenciando assim a vida futura de uma mulher”, pontua. Ela diz que está trabalhando o projeto no legislativo para instituir uma lei contra a violência doméstica e, paliativamente, ajudando as mulheres vítimas na procura de alojamento temporário e prestando auxílio jurídico.

Presa por protestar contra assédio sexual

Deputado Leonid Slutsky foi acusado por várias mulheres por assédio sexual

Deputado Leonid Slutsky foi acusado por várias mulheres por assédio sexual

Foto: Arquivo Pessoal

Em abril passado, Alena e duas colegas, Anastasiya Glushkova e Anastasiya Alekseeva, foram presas sob a acusação de terem organizado um “evento em massa” sem permissão do governo. Era o protesto contra o deputado Leonid Slutsky, personagem do primeiro escândalo sexual da história da Duma russa. Slutsky foi acusado por várias mulheres de assédio sexual, provocando um debate público e comparações com o escândalo de Harvey Weinstein, produtor cinematográfico norte-americano que causou intensos protestos da comunidade artítica de Hollywood.

Como a lei russa exige que um protesto de mais de duas pessoas seja autorizado pelas autoridades locais, as três mulheres foram penalizadas por se manifestar com cartazes contra o deputado Slutsky na frente do parlamento russo. As ativistas chegaram a fazer quatro pedidos para realizar protestos maiores em Moscou, todos foram negados. Popova e Glushkova foram considerados culpadas e multadas em 20.000 rublos. Na ocasião, o porta-voz de Vladimir Putin, aliado de Slutsky, Dmitry Peskov, sugeriu que as acusações contra o deputado foram feitas porque as queixas sobre assédio sexual se tornaram “moda”.


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