Complexo ainda terá quatro bares e piso iluminado em fibra ótica
Orla do Guaíba foi reinaugurada nesta sexta-feira | Foto: Guilherme Almeida
O primeiro ponto de tantos projetos que prometem devolver para Porto Alegre a sua relação com o Guaíba já está disponível para a população. Com 1,3 quilômetro, o trecho 1 do parque urbano da nova orla, que vai da Usina do Gasômetro até a Rótula das Cuais, foi inaugurado na manhã desta sexta-feira pela prefeitura e tem como promessa ser um amplo espaço de convivência.
Com um mobiliário todo voltado para as águas e, consequentemente, para a apreciação do famoso pôr do sol da Capital, o local tem lugar reservado para cinco estabelecimentos. Dois deles, o restaurante e um dos bares, devem começar a funcionar dentro de 60 dias.
“É um grande marco onde o porto-alegrense vai poder sentir esse gostinho de desfrutar de conforto, segurança, dessa beleza que é o nosso por do sol e que até em dia de chuva é extremamente belo”, disse o prefeito Nelson Marchezan Júnior após a inauguração, feita sob tempo instável. O chefe do Executivo ressaltou também que ainda há um longo caminho a ser percorrido, mais precisamente de 72,7 quilômetros, já que o total da orla de Porto Alegre tem extensão de 74 quilômetros. Citou, por exemplo, os outros trechos do processo de revitalização e também as obras do Cais Mauá.
O vice-prefeito Gustavo Paim destacou a coragem que foi necessária para poder ter iniciado o empreendimento e saudou o ex-prefeito José Fortunati, que autorizou o início das obras e também esteve presente na inauguração. Para Paim, diversas resistências tiveram que ser enfrentadas, como a da contratação do arquiteto Jaime Lerner, responsável pela elaboração do projeto, por não ser um profissional gaúcho.
O secretário de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, definiu o trecho 1 – chamado de Parque Moacyr Scliar - como um espaço de contemplação do projeto de revitalização da orla do Guaíba. De acordo com ele, os vendedores ambulantes que estavam nesse local foram deslocados para onde será o trecho 2 e, agora, está sendo negociado uma nova localização. Uma das possibilidades é que eles fiquem na parte inferior do parque, mas ainda não há definição.
Inicialmente orçado em R$ 60 milhões, com todos os aditivos, o valor final das obras de revitalização do trecho 1 da nova orla é de R$ 71 milhões. Todos os recursos foram garantidos através de financiamento do CAF.
Trecho 1 foi inaugurado hoje em Porto Alegre e terá quatro bares / Foto: Henrique Massaro / Especial / CP
Próximos trechos
Com a entrega desta sexta, o planejamento agora se volta para os demais trechos. Do financiamento obtido através do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), resta um valor correspondente a cerca de 50% do trecho 3, que, de acordo com Vanuzzi, deve custar de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões. A definição de como será alcançado o restante dos recursos será feita junto com o Escritório das Nações Unidas e, na próxima quarta-feira, após reunião em Brasília, uma estratégia deve estar definida. Já se sabe, porém, que o plano de trabalho coloca o mês de outubro para se iniciar a licitação e, segundo o titular da pasta, a expectativa é poder começar as obras entre o final de 2019 e início de 2020.
O trecho 3 vai do Anfiteatro Por do Sol até o Parque Gigante e, conforme o secretário, tem um projeto executivo semelhante ao do espaço inaugurado hoje, mas com um enfoque esportivo maior. Quadras, pista de skate e parede de escalada estão previstos para o local, que também contará com bares. Ainda sem valores definidos, o trecho 2, por sua vez, fica entre a Rótula das Cuias e o Anfiteatro e deve se caracterizar como um espaço de lazer, com atividades náuticas e possivelmente uma roda gigante. É previsto também um quarto trecho, que vai até o Arroio Cavalhada.
Correio do Povo
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