quarta-feira, 6 de junho de 2018

Juros caem no cartão e cheque especial, mas ainda pesam no bolso

por Regina Pitoscia

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Ainda que modesta e sem condições de aliviar de fato o bolso do consumidor, está ocorrendo uma queda dos juros no rotativo do cartão de crédito e no cheque especial. Resultado de mudanças promovidas pelo Banco Central nessas duas linhas de crédito.
Desde o dia 1º de junho entraram em vigor novas regras para o rotativo do cartão. Os bancos deverão cobrar a mesma taxa nas duas modalidades de rotativo, regular e não regular. Só lembrando que, em abril do ano passado, o Banco Central criou esses dois tipos de rotativo. Até então, havia apenas uma forma de financiar a dívida do cartão que não era paga no dia de vencimento da fatura.

Naquela época, com o objetivo de interromper a formação de dívidas impagáveis no cartão de crédito, já que o consumidor podia amortizar apenas 15% do saldo devedor e rolar o restante indefinidamente, o BC reduziu o prazo do rotativo para apenas um mês. Juntamente com essa alteração foram criados o rotativo regular, quando há o pagamento da parcela mínima da fatura, e o rotativo não regular, quando não há esse pagamento e a dívida é então renegociada em outras bases e com juros mais baixos.
Desde então, os bancos vinham cobrando taxas bem mais altas no rotativo não regular. Pela nova determinação, que está valendo desde o início deste mês, deverá haver uma unificação das taxas pelo o que estiver determinado em contrato para o rotativo regular. Portanto, em nível mais baixo. Para ter uma ideia do que vai ocorrer com os juros do cartão, veja as taxas cobradas de 15 a 21 de maio, nos cinco grandes bancos do País, portanto, antes das mudanças.


Perceba que Itaú e Caixa já estão com as taxas bem próximas. O Bradesco, que cobrava mais de 19% ao mês no não regular há dois meses, vem derrubando essa taxa nas últimas semanas. E o Santander ainda terá de reduzir bastante o juro no não regular. A conferir em que nível as taxas serão padronizadas.

De todo modo, os juros do rotativo só podem ser cobrados por um mês. Depois o consumidor é obrigado a renegociar a dívida dentro do parcelado migrado. Nessa linha, os juros não estão muito mais baixos não: segundo levantamentos da Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito (Abecs), a taxa média das cinco maiores instituições financeiras do mercado nas renegociações ficou em 9,8% ao mês.

Por tudo isso, o uso mais adequado do cartão continua sendo calibrar as despesas, de modo a ter condições de pagar o total da fatura no dia de vencimento. Cair na roda viva do financiamento dos gastos aumenta os riscos de inadimplência.

É conveniente buscar outro tipo de crédito, como o consignado, o Empréstimo sob Penhor da Caixa Econômica Federal e até mesmo o crédito pessoal. Todas as linhas operam com juros bem mais baixos que o rotativo.

Há mais duas novidades:  cada banco é que vai definir o pagamento mínimo da fatura, antes fixado em 15% do total do saldo devedor; e quando o consumidor entrar no rotativo não regular, as administradoras poderão cobrar multa de 2% mais juros de 1% ao mês, no máximo.

Cheque especial

No cheque especial, os juros que ficaram cristalizados por mais de um ano acima de 12% ao mês, nas maiores instituições financeiras do mercado, estão sendo revistos para baixo. Itaú e Bradesco já levaram suas taxas abaixo desse nível; Banco do Brasil e Caixa mantém acima dos 12%, e o Santander cobra juros mais pesados, acima de 14% ao mês.


Tudo indica que esse ajuste no cheque especial prepara terreno para as novas regras que passam a valer a partir de julho. Toda vez que o cliente ultrapassar 15% do limite de sua conta, o banco terá de oferecer uma nova linha de financiamento com juros mais baixos, além de emitir avisos, alertando sobre os riscos de endividamento ao permanecer com a conta estourada.

Fonte: Estadão - 06/06/2018 e SOS Consumidor

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