1. ITÁLIA: CONTE!
O primeiro-ministro italiano discursou no Senado, defendendo redução da dívida pública, mas sem recorrer à austeridade.
"Hoje, estamos diante de vocês para vos pedir a confiança não só numa equipe de governo, mas também num projeto para a mudança de Itália", disse o novo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, num discurso no Senado. "A verdade é que criamos uma mudança radical e estamos orgulhosos disso", acrescentou, defendendo que Itália deve reduzir a sua enorme dívida pública, mas através do crescimento e não recorrendo a medidas de austeridade.
A coligação de governo, formada pelo Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema) e a Liga Norte (extrema-direita) conta com uma maioria de dez votos no Senado e ainda maior no Congresso dos Deputados, onde amanhã haverá um novo voto de confiança.
Conte, um professor de Direito de 53 anos, discursou ao lado dos dois vice-presidentes: o líder do M5E e ministro do Trabalho e Indústria, Luigi di Maio, e o líder da Liga Norte, Matteo Salvini, que ficou também com a pasta do Interior.
"As forças políticas que formam este governo têm sido acusadas de ser 'populistas' e 'antissistema'. Se 'populismo' significa que a classe governante ouve as necessidades das pessoas e se 'antissistema' significa querer introduzir um novo sistema, que remove velhos privilégios e poder incrustado, então estas forças políticas merecem ambos os epítetos", referiu.
A dívida pública italiana é a segunda maior da zona euro, depois da grega. "É hoje totalmente sustentável, mas deve contudo ser reduzida, numa perspectiva de crescimento econômico", referiu o novo primeiro-ministro, alegando que é preciso reduzir a diferença de crescimento entre a Itália e a Europa. "É o nosso objetivo."
"A Europa é a nossa casa", assegurou ainda Conte, que lidera a coligação que quer também melhorar as relações com a Rússia. O primeiro-ministro defendeu "uma Europa mais forte, mas também mais justa". Na sua opinião, as regras fiscais que gerem a zona euro devem ter como objetivo "ajudar os cidadãos", uma discussão que Itália quer liderar.
Conte indicou que a prioridade do governo será a introdução de um novo rendimento universal para os mais necessitados, uma das promessas eleitorais do M5E, assim como travar a entrada irregular de migrantes, uma promessa da Liga. Conte disse que quer acabar com "o negócio da imigração, que cresceu fora de proporção, sob o mando da falsa solidariedade. Antes , Salvini defendera que a Itália vai deixar de ser "o campo de refugiados da Europa".
Depois de garantir os votos de confiança, Conte irá viajar para o primeiro compromisso internacional: a cimeira do G7 no Canadá, que começa na sexta-feira.
2. ESPANHA: RAJOY!
Mariano Rajoy comunicou que abandona a liderança do Partido Popular (PP) e também a política. O anúncio surge apenas três dias após o socialista Pedro Sánchez tomar posse como chefe do Governo espanhol.
“Senti-me muito reconfortado pelo vosso apoio nestes dias que não foram fáceis para mim”, disse Rajoy. “Chegou o momento de colocar um ponto final nesta história. O PP deve avançar sob a liderança de outra pessoa. É o melhor para mim e para o PP”, acrescentou. “E creio que também para Espanha. Todo o resto não importa nada.”
Rajoy discursava num encontro do Comitê Executivo do PP, que terá agora de organizar um congresso extraordinário para escolher o novo líder. “Cumprirei o meu mandato até que elejais a pessoa que vai suceder-me.”
Diante dos seus pares, que o receberam com uma ovação, Rajoy passou em revista os seus anos no Palácio da Moncloa e mostrou-se pessimista em relação ao futuro do Governo atualmente em funções. “Hoje Espanha é governada por quem não ganhou quaisquer eleições gerais, o que é um grave precedente. E para o fazer faz-se acompanhar por independentistas e pela esquerda radical e populista. É um projeto débil, incerto e instável”.
Mariano Rajoy assumiu a presidência do PP em 2003, designado por José María Aznar. Desde então, perdeu duas eleições gerais (2004 e 2008) e venceu três (2011, 2015 e 2016). Presidiu ao Governo de Madrid durante quase sete anos (2011-2018).
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