sexta-feira, 8 de junho de 2018

Campanha das Quatro Pragas–História virtual

Por ordem do Presidente Mao, os pardais foram mortos pelos camponeses, causando um grande desequilíbrio ecológico no meio ambiente[1]

A Grande Campanha dos Pardais (chinês: , pinyin: què Yùndòng), também conhecida como Campanha Mate um Pardal (chinês: 消灭麻雀运动, pinyin: Xiāomiè què Yùndòng), e oficialmente, a Campanha das Quatro Pragas foi uma das primeiras ações tomadas no Grande Salto Adiante de 1958 a 1962. As quatro pragas a serem eliminadas eram ratos, moscas, mosquitos e pardais. [2] O extermínio deste último perturbou o equilíbrio ecológico, e permitiu a proliferação de insetos que destruiram as colheitas.

A Campanha

A campanha contra as "Quatro Pragas" foi iniciada em 1958 como uma campanha de higiene por Mao Tsé Tung, que identificava a necessidade de exterminar os mosquitos, moscas, ratos e pardais. Os pardais - principalmente o pardal-montês da Eurásia[2][3] - foram incluídos na lista porque comiam sementes de grãos, roubando do povo os frutos do seu trabalho. As massas da China foram mobilizadas para erradicar os pássaros, e os cidadãos tiveram que bater panelas e frigideiras ou bater tambores para assustar as aves de pousar, forçando-as a voar até que caíam do céu em exaustão. Os ninhos dos pardais eram derrubados, os ovos foram quebrados, e filhotes foram mortos.[2][4] Os pardais e outros pássaros foram abatidos dos céus, resultando na quase extinção das aves na China[5] Recompensas e reconhecimentos não materiais foram oferecidos às escolas, unidades de trabalho e órgãos do governo, de acordo com o volume de pragas que tinham matado.

Em abril de 1960, os líderes chineses perceberam que os pardais comiam uma grande quantidade de insetos, bem como grãos. [4][3] Ao invés do esperado, a produção de arroz após a campanha declinou substancialmente.[2][3] Mao ordenou o final da campanha contra pardais, substituindo-os por percevejos na campanha em curso contra as Quatro Pragas.[4] Por esta altura, no entanto, já era tarde demais. Sem pardais para comê-los, as populações de gafanhotos dispararam,[2] e agravou-se os problemas ecológicos já causados ​​pelo Grande Salto Adiante, incluindo o desmatamento generalizado e o mau uso de venenos e pesticidas. O desequilíbrio ecológico conduz a exacerbação da Grande Fome Chinesa, na qual mais de 30 milhões de pessoas morreram de fome.

Referências

  • Suite à la disparition des moineaux, les récoltes ont été détruites par les insectes
  • Summers-Smith, J. Denis (1992). In Search of Sparrows. London: Poyser. pp. 122–124. ISBN 0-85661-073-9
  • McCarthy, Michael (2 de agosto de 2006). «The secret life of sparrows». The Independent. Consultado em 30 de janeiro de 2009.
  • Shapiro, Judith Rae (2001). Mao's War Against Nature: Politics and the Environment in Revolutionary China. [S.l.]: Cambridge University Press. ISBN 0521786800
    1. Dikotter, Frank (2010). Mao's Great Famine. New York: Walker & Co. p. 188

    Bibliografia


  • Wikipédia


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