Dom Bertrand
Príncipe Imperial do Brasil
Príncipe de Orleães e Bragança
Período
5 de Julho de 1981 - presente
Antecessor(a)
Dom Luiz
Nome completo
Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach
Nascimento
2 de fevereiro de 1941 (77 anos)
Pai
Pedro Henrique de Orléans e Bragança
Religião
Católico
Família imperial brasileira
Ramo de Vassouras
Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (Mandelieu-la-Napoule, 2 de fevereiro de 1941), príncipe de Orléans e Bragança, é um líder do movimento de restauração da monarquia brasileira.[1][2]
Integrante do Ramo de Vassouras, seria o atual Príncipe Imperial do Brasil, ou seja, o herdeiro presuntivo do seu irmão mais velho, imperador de jure do Brasil, Luís Gastão, Chefe da Casa Imperial Brasileira, posto que este herdou do pai em 1981.
É o terceiro filho varão de Pedro Henrique de Orléans e Bragança, então Chefe da Casa Imperial Brasileira, e de Maria Isabel da Baviera, nascida princesa do Reino da Baviera. Dom Bertrand é neto de Luiz de Orléans e Bragança, bisneto da princesa Isabel do Brasil e de Gastão de Orléans, conde d'Eu, e trineto do imperador Pedro II do Brasil.
É solteiro e não tem filhos.
Índice
Biografia
Bertrand nasceu em 1941 no sul da França, onde o exílio da família imperial brasileira e a Segunda Guerra Mundial retivera seus pais, sendo o terceiro filho do casal e tendo como irmãos mais velhos o atual chefe da casa imperial Luís Gastão e Eudes, que renunciou ao trono para realizar um casamento morganático.
Veio para o Brasil logo após o término do conflito. Realizou seus estudos secundários em parte no estado do Paraná, onde seu pai se instalara como fazendeiro, em parte no Colégio Santo Inácio, de padres jesuítas, no Rio de Janeiro. Cursou depois a Faculdade de Direitoda USP, formando-se bacharel em direito em 1964.
Desde muito jovem recebeu formação católica, sendo orientado por seu pai para o gosto pelo estudo doutrinário e pela análise dos acontecimentos nacionais e internacionais. Participou com entusiasmo, nos bancos acadêmicos, das pugnas ideológicas que marcaram o Brasil na primeira metade dos anos sessenta. Foi sua formação completada com freqüentes viagens à Europa, uma das quais deu-se durante toda a primeira Sessão do Concílio Vaticano II, quando o jovem príncipe tomou estreito contato com a intelectualidade católica acorrida a Roma para o magno evento. Piloto civil, é um reservista da FAB.
Além do português, sua língua natal, D. Bertrand é fluente no francês e no espanhol.
Pensamento e atuais atividades
Bertrand faz parte da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP),[3] de inspiração católica tradicionalista, fundada e dirigida pelo líder intelectual Plinio Corrêa de Oliveira até a sua morte. Ali faz a difusão dos ideais católicos e monárquicos,[4] vistos por ele como facetas distintas e harmônicas de um mesmo ideal. Seu irmão mais velho, Luís Gastão, também faz parte da organização. Após a cisão ocorrida na entidade, o príncipe e seu irmão passaram a colaborar com os membros ligados ao Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO) e a Associação dos Fundadores
É figura expressiva no cenário do Movimento Monárquico Brasileiro, tanto na época anterior ao plebiscito de 21 de abril de 1993, quanto nos dias que o sucedem. Tem sabido, de maneira respeitosa para com seu irmão mais velho, Chefe da Casa Imperial, liderar as campanhas em prol da restauração da monarquia no Brasil. Em 1990, realizou uma turnê pela Europa, objetivando ilustrar aos católicos e monarquistas do continente as causas e as metas do plebiscito de 1993, por meio de conferências nos mais variados círculos da nobreza. Visitando a França, Portugal, a Espanha, a Itália e a Áustria, Bertrand esclareceu muitos quanto à causa monárquica brasileira e visitou alguns de seus parentes.
Bertrand se posiciona, politicamente, no campo da propriedade privada, livre iniciativa e respeito ao princípio de subsidiariedade, o qual limita o Estado ao âmbito que lhe considera tocar por sua natureza. Fundamentando-se em que os problemas sociais são reflexo dos de ordem moral, é um defensor da instituição familiar e opõe-se ao aborto, sustentando-se na Doutrina Social da Igreja. Quanto à soberania nacional, Bertrand alerta sobre os perigos contra os direitos nacionais sobre a Amazônia. Pela mesma razão julga imperioso prestigiar o militar e o policial no que considera campanhas de descrédito que visam as Forças Armadas.
Integra o movimento Paz no Campo ao lado de pessoas como o jornalista Nelson Ramos Barretto. Atua viajando pelo Brasil dando palestras para latifundiários e empregadores rurais. Em 2012, publicou o livro Psicose Ambientalista, onde critica movimentos como o MST e grupos que intitula "ecoterroristas e ambientalistas radicais".[5]
Descendência e títulos
Solteiro, tem como herdeiro imediato o seu irmão Antônio João de Orléans e Bragança. Além de príncipe imperial do Brasil conforme a constituição brasileira de 1824, é o comendador-mor da Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo e grão dignitário-mor da Imperial Ordem da Rosa, além de grã-cruz de todas as outras ordens brasileiras e Bailio Grã-Cruz da Ordem Constantiniana de São Jorge, Ordem de Cavalaria católica, e da Grã-Cruz de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar de Malta.
Utiliza o brasão do Príncipe Imperial, com três flores-de-lís em referência à Casa de Orléans, encimado pelo lambel do herdeiro presuntivo.
Ancestrais
[Expandir]Linha paterna
Referências
- Ir para cima↑ Junqueira, Diego (27 de março de 2017). «A família imperial "tem sangue negro", diz "príncipe" do Brasil». R7. Consultado em 30 de dezembro de 2017.
- Ir para cima↑ «Herdeiro de trono extinto, Dom Bertrand de Orleans e Bragança mora em casa alugada de 2 quartos». Época NEGÓCIOS. 5 de julho de 2016. Consultado em 30 de dezembro de 2017.
- Ir para cima↑ "Prince Bertrand of Orleans-Braganza Visits America", TFP.org, 30 April 2001
- Ir para cima↑ "A Sour Anniversary for Brazil's Monarchists" by James Brooke, New York Times, 12 November 1989
- Ir para cima↑ ORLEANS E BRAGANÇA, D. Bertrand de. Psicose Ambientalista. IPCO, 2012.
Ligações externas
Precedido por
Luís Gastão de Orléans e Bragança
Príncipe Imperial do Brasil
1981 —
Sucedido por
Atual detentor
Gerações da Família Imperial Brasileira
Precursores
D. João VI de Portugal • D. Carlota Joaquina
1.ª geração
D. Pedro I • D. Maria Leopoldina da Áustria • D. Amélia de Leuchtenberg
2.ª geração
D. Maria II de Portugal • D. Januária • D. Paula • D. Francisca • D. Pedro II • D. Teresa Cristina das Duas Sicílias • D. Maria Amélia
3.ª geração
D. Afonso Pedro • D. Isabel • D. Gastão, Conde d'Eu • D. Leopoldina • Luís Augusto • D. Pedro Afonso
4.ª geração
D. Pedro de Alcântara • D. Luís Maria Filipe • D. Antônio Gastão • D. Pedro Augusto • D. Augusto Leopoldo
5.ª geração
em diante
Ramo de Vassouras • Ramo de Petrópolis • Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança
Chefe da Casa Imperial Brasileira • Príncipe Imperial do Brasil • Príncipe do Grão-Pará
1ª geração
Pedro II do Brasil
2ª geração
Pedro, Príncipe Imperial do Brasil • Afonso, Príncipe Imperial do Brasil
3ª geração
Prince Pedro Augusto • Prince Augusto Leopoldo • José Fernando, Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota • Luís Gastão, Príncipe de Saxe-Coburgo-Gota • Pedro de Alcântara, Príncipe do Grão-Pará • Luís Maria, Príncipe Imperial do Brasil • Príncipe Antônio Gastão
4ª geração
Pedro Henrique, Príncipe Herdeiro do Brasil • Luís Gastão, Príncipe Imperial do Brasil • Príncipe Pedro Gastão • Príncipe João Maria
5ª geração
Luís Gastão, Príncipe Herdeiro do Brasil • Príncipe Eudes • Bertrand, Príncipe Imperial do Brasil • Príncipe Pedro de Alcântara Henrique • Príncipe Fernando • Príncipe Antônio • Príncipe Francisco Maria • Príncipe Alberto • Prince Pedro Carlos • Príncipe Afonso • Príncipe Manuel • Príncipe Francisco • Príncipe João Henrique
6ª geração
Príncipe Pedro Luiz • Príncipe Rafael • Príncipe Pedro Thiago • Príncipe Felipe
Wikipédia
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