segunda-feira, 4 de junho de 2018

A fundação do jornal Pravda

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Nas primeiras semanas de 1912, no decorrer de um encontro de social-democratas russos em Praga, Tchecoslováquia, Vladmir Ilitch Ulianov Lênin anuncia o seu propósito de tornar o bolchevismo um partido independente, desligado definitivamente de quaisquer compromissos programáticos com os menchevistas. Koba é indicado por Lênin para o Comitê Central desse partido. Pouco tempo depois, aparece em São Petesburgo o primeiro exemplar do Pravda (A Verdade).

No editorial do jornal, Koba, um de seus diretores, esclarece que suas páginas não irão esconder as divergências existentes entre os socialistas russos. Ressalva, porém, que todo empenho será feito para que se alcance um programa unitário capaz de aproximar as facções divergentes. Posição esta um tanto distinta da perspectiva leninista, que defende uma ruptura com os menchevistas, sem a menor possibilidade de conciliação. Por esses dias de abril de 1912, Koba é preso de novo e condenado a três anos de degredo na Sibéria. Passa contudo apenas dois meses na prisão, fugindo e retornando à Capital do Império, ainda a tempo de coordenar a participação do bolchevismo nas eleições parlamentares daquele ano.

A diretriz política que imprime nas páginas do Pravda leva Lênin a intervir no jornal, afastando Koba de sua diretoria. Para não melindrar o caucasiano, dá a ele algumas missões no exterior. Koba passa então seis semanas fora da Rússia. Lênina caba por convencê-lo a escrever uma monografia sobre a questão das nacionalidades, pois ele conhecera de perto o problema, no Cáucaso, principalmente e Boku, a Cidade Negra, com seus operários russos, armênios, persas, turcos, tártaros e mesmo sua significativa parcela de mão-de-obra nômade.

Fonte: Stalin, de José Arrabal e José Carlos Estevão, páginas 17 e 18.


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