A venda de maconha no Uruguai em farmácias não deu certo, pois o Estado não têm condições de organizar nada. A venda de maconha no Uruguai virou um verdadeiro cabide no serviço público.
No Uruguai, aumentou a violência e o número de homicídios e a relação direta é com a maconha. O consumo da "maconha legal e pura", virou uma coisa elitista, já que por ser mais cara, apenas 30% das pessoas com poder aquisitivo compram a droga legalizada, enquanto os demais 70% continuam comprando a droga de traficantes.
Existe uma falácia de que a liberação das drogas acaba com a violência e o tráfico. É uma verdadeira mentira, já que o cigarro é liberado no Brasil e mesmo assim, é o produto mais contrabandeado para o país e nas regiões de fronteira, principalmente no norte do país, há fortes confrontos entre contrabandistas e a Polícia Federal.
Logo, o cigarro liberado não acabou com a violência e nem com o contrabando. Sempre é bom lembrar que o ópio era permitido na China por milhares de anos e foi proibido por ser viciante.
*Editor do site RS Notícias
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Prefeituras do Litoral rejeitam proposta, e novo presídio do RS será construído em Caxias
Casa prisional deve ter capacidade para abrigar 400 presos
Litoral tem a Penitenciária Modulada de Osório, com capacidade para 650 presos | Foto: Susepe / Divulgação / CP
A Secretaria da Segurança Pública do Estado planeja construir um novo estabelecimento prisional em Caxias do Sul ao invés de instalá-lo como pretendia no Litoral Norte cujas prefeituras rejeitaram a proposta. “Tínhamos recursos para construir um presídio e achamos que a prioridade era o Litoral Norte onde tem um grande contingente de presos. Nossa disposição era fazer o presídio em Osório”, lembrou, observando que o mesmo ficaria em uma área pública estadual. “Obviamente que depende de prefeitura. Fiz uma reunião com os prefeitos e o assunto não evoluiu. Para não perder o dinheiro resolvemos fazer em Caxias do Sul”, afirmou. Ele acredita que a capacidade de vagas deverá ficar em torno de 400.
“Existe uma visão equivocada de que presídio gera criminalidade. É totalmente equivocado. Então Charqueadas deveria ser o município mais violento do Rio Grande do Sul, mas ele é um dos menos violento. Não querem nos municípios por que aumenta o crime, mas é ao contrário”, enfatizou.
Cezar Schirmer defende a ideia de que cada município tenha um pequeno presídio, mantendo recolhidos os próprios criminosos da região. “Antigamente tinham presídios municipais e funcionavam muito bem”, recordou, citando com vantagens o afastamento do contato com facções, proximidade com a família e maior chance de ressocialização. “Criaram os presídios gigantescos. Isso é um problema muito grande. Essa lógica do sistema penitenciário é desastrosa e não está resolvendo”, avaliou o secretário.
• Facções se expandem para o Litoral Norte levando violência e medo à população
No dia 4 deste mês, ocorreu uma assembleia geral da Associação dos Municípios do Litoral Norte (AMLINORTE). O prefeito de Tramandaí, Luiz Carlos Gauto, esclareceu que os municípios foram sondados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado sobre a proposta de um novo presídio, sendo a ideia rejeitada na reunião. “A região já tem sua contribuição com o sistema prisional”, assinalou, referindo-se aos estabelecimentos prisionais existentes. “A vinda de mais um presídio acaba a afetando também a vida da comunidade. Os municípios são turísticos”, alertou.
Luiz Carlos Gauto constatou que até mesmo uma grande parte de invasões de áreas são de familiares dos mais de 1,5 mil detentos da Penitenciária Modulada de Osório que procuram ficar mais próximos dos mesmos, estabelecendo-se em ambas as cidades. “Existe uma situação de vulnerabilidade social que causa aos municípios, aumentando o cinturão de miséria”, avaliou. “Nós ofereçam indústrias e empresas para gerar emprego e renda por que vivemos de sazonalidade”, pediu. O prefeito de Tramandaí enfatizou também que a maioria dos apenados são de fora e cometeram os crimes na região. “Eles acabaram adotados pelo litoral mas são de outros lugares”, assegurou, citando como exemplo a presença de facções criminosas.
Correio do Povo
Juventude tropeça em casa mais uma vez e empata com o Paysandu
Verdão saiu atrás do placar e igualou em 1 a 1 no fim, seguindo campanha irregular
Verdão saiu atrás do placar e igualou em 1 a 1 no fim, seguindo campanha irregular | Foto: Arthur Dallegrave / Juventude / Divulgação CP
O Juventude voltou a tropeçar dentro de casa na Série B e continua rondando a zona do rebaixamento. O time da Serra empatou em 1 a 1 com o Paysandu, em pleno Alfredo Jaconi e manteve campanha irregular no campeonato. Com o resultado, a equipe de Caxias está com cinco pontos, em 15º lugar e a um ponto do primeiro do Z4, Sampaio Corrêa. O Paysandu, por sua vez, manteve a invencibilidade e ocupa a vice-liderança.
Contra um adversário forte, o Juventude foi cauteloso na etapa inicial. Num jogo de muita marcação, pouco aconteceu até os 20 minutos. Aos 42, porém, um contra-ataque dos paraenses acabou nos pés de Thomaz, que anotou 1 a 0, frustrando a torcida jaconeira.
A partir daí, foi uma batalha para limitar danos e tentar superar um time bem postado e candidato a subir para a Série A. Aproveitando essa vantagem, o Paysandu teve as melhores chances, só que caiu no quem não faz, leva. Primeiro, Alan Calbergue foi expulso em jogada violenta. No espaço que surgiu, aos 36 minutos, Yuri Mamute apareceu e igualou o placar. O Verdão ensaiou um abafa no fim, mas o placar ficou mesmo igual.
Correio do Povo
CNE realiza primeira audiência para definir base curricular do Ensino Médio
Professores fizeram críticas a obrigatoriedade apenas de língua portuguesa e matemática no currículo
A primeira audiência pública para debater a proposta da Base Nacional Comum Curricular do ensino médio ocorreu nesta sexta-feira, em Florianópolis. Integrantes de conselhos estaduais e municipais de educação, de organizações da sociedade civil, especialistas da área de educação e estudantes analisaram o texto da base e apresentaram propostas. Cada região do país sediará uma audiência. Elas vão permitir que os membros do Conselho Nacional de Educação (CNE) elaborem um projeto de resolução sobre o tema a ser homologado pelo Ministério da Educação.
Temas como formações dos professores, participação dos conselhos e a preparação dos jovens para o mercado de trabalho estão entre os assuntos abordados pelos debatedores. Ainda estão previstas audiências públicas para São Paulo (8 de junho), Fortaleza (5 de julho), Belém (10 de agosto) e Brasília (29 de agosto).
O presidente da comissão do CNE que analisa a base nacional comum, Cesar Callegari, disse que é preciso aprimorar o ensino no Brasil e corrigir as desigualdades na educação, que são um dos principais berços da desigualdade social e econômica no país. Segundo ele, a base comum “é uma contribuição para que possamos estabelecer uma base para a equidade educacional, de forma que, os que dependem da educação oferecida em escolas públicas e privadas, possam ter a oportunidade de realizar seus direitos”.
O professor Avanir Mastey, do Conselho Estadual de Educação do Paraná, foi um dos que expôs sua opinião ao longo da audiência pública. Ele fez críticas ao fato de apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como obrigatórias para os três anos do ensino médio. “Da forma como a base está, tudo pode. Pode fazer qualquer coisa e pode fazer muita coisa. Esse processo de avaliação pautado apenas na matemática e português. Precisamos que essa base traga as grandes conquistas da sociedade no âmbito das artes, da filosofia e da ciência”.
O coordenador estadual da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (Uncme), de Santa Catarina, Cláudio Luiz Orço, disse que parte importante do processo de discutir a base deve ser pensar a formação dos professores. Ele avaliou que o documento fragmenta a educação básica. “Talvez precisemos respeitar e valorizar as particularidades e nesse documento há uma fragmentação da educação básica, há ausência de um sistema estadual de educação que possa de fato assumir as responsabilidades e distribuí-las, e políticas públicas que possam acompanhar”.
A presidente do Conselho Estadual de Educação Física do Rio Grande do Sul, Rosane Masson, disse que, pelas novas regras, a educação física é posta de lado. Por isso, questionou a necessidade da reforma no ensino. “Será que devemos fazer essa reforma do ensino? E será que não estamos formando mão de obra barata na rede pública estadual para que esses jovens sejam empregados dos seres pensantes que serão formados na rede particular?”.
Agência Brasil e Correio do Povo
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