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terça-feira, 1 de maio de 2018

Não há previsão para retomada das obras de demolição do ginásio da Brigada Militar

Nesta segunda-feira, trabalhadores apenas separaram materiais retirados do local

Ministério do Trabalho suspendeu, por tempo indeterminado, a demolição do ginásio | Foto: Guilherme Testa

Ministério do Trabalho suspendeu, por tempo indeterminado, a demolição do ginásio | Foto: Guilherme Testa

Com a decisão da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) no Rio Grande do Sul que suspendeu, no dia 20 de abril, a demolição do ginásio da Brigada Militar, localizado na esquina da rua Silva Só com a avenida Ipiranga, em Porto Alegre, os trabalhadores que estavam no local nesta segunda-feira realizavam apenas a separação do material que já foi retirado do local onde funcionava a Escola de Educação Física da Brigada Militar.

Na entrada do ginásio pela rua Felipe de Oliveira, é possível encontrar telhas quebradas e muita madeira. Os funcionários não souberam informar quando os trabalhos de destruição do ginásio serão reiniciados. A parte mais complicada é a remoção das paredes laterais do ginásio chamadas de "oitões". As arquibancadas e o restante da estrutura não serão demolidos. Caberá ao comprador do terreno decidir o que fazer. A estrutura foi parcialmente destruída durante temporal ocorrido em outubro de 2017.

A SRTE decidiu suspender as atividades devido a uma série de irregularidades conferidas no local pela fiscalização - a edificação não tinha nenhuma condição de segurança tanto para os trabalhadores quanto para a população que circula na região. Conforme a superintendência, a empresa AMG Construtora não apresentou nenhum plano para realizar a demolição e nem os projetos técnicos necessários. A fiscalização dos auditores constatou ainda que os trabalhadores não tinham recebido o equipamento de proteção individual, que são obrigatórios, e foram encontrados irregularidades na área de vivência como água potável e instalações sanitárias, que também são obrigatórias.

A AMG Construtora foi notificada para suspender a demolição até que apresente os documentos necessários e os projetos técnicos para que sejam analisados pelo Ministério do Trabalho. O prazo é da empresa. Depende dela para que seja ágil para apresentar os projetos e seja retomada as obras", disse.


No temporal de outubro do ano passado, cerca de 50% do telhado foi arrancado, além de metade da cobertura ter sido danificado na instabilidade. Localizado em uma área de intenso fluxo, o espaço, desde então, está tomado por escombros e matagal, que cresceu em toda a área. O governo do Estado anunciou a venda da área e a expectativa era arrecadar cerca de R$ 120 milhões. Na negociação também entrou o imóvel da Escola dos Bombeiros (Esbo). No entanto, no dia 26 de março, não houve interessados na licitação de concorrência da venda dos terrenos do ginásio da Brigada Militar e da Esbo. A abertura dos envelopes da concorrência ocorreu na Central de Licitações do Estado (Celic).

Uma nova estratégia será avaliada pela Celic e uma outra data será anunciada para a venda separada dos terrenos da Brigada Militar e da Esbo. O lote do ginásio de Esportes da Brigada Militar possui uma área de 9.849,17 metros quadrados, localizado na rua Felipe de Oliveira, chegou a ser anunciado pelo valor de R$ 40.522.000,00. A outra área onde hoje funciona a Academia do Comando do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, na rua Silva Só, compreende uma área de 24.788,56 metros quadrados, é o valor inicial de venda foi de R$ 85.366.000,00.


Correio do Povo


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