Sindilat informou que setor enfrenta dificuldades para receber e processar leite por causa da greve dos caminhoneiros
Protesto nas rodovias do Estado tem provocado desbastecimento em vários setores | Foto: Alina Souza / CP Memória
A greve dos caminhoneiros, que protestam nas estradas do País desde segunda-feira, causa a falta de insumos no Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat). Neste sábado, o sindicato informou que as indústrias gaúchas enfrentam severas dificuldades para receber e processar a produção de leite, sendo que boa parte está estragada dentro dos caminhões que ficaram retidos nas barreiras.
Segundo a nota divulgada, o Sindilat teve o recebimento de cargas de leite cru em algumas rodovias do Estado, como no posto 44 no entrocamento entre Ijuí, Carazinho e da região de Santa Rosa, mas que o trânsito de caminhões-tanque segue interrompido em toda região de Carazinho, Victor Graeff, Passo Fundo, Soledade e entre outros municípios.
Conforme o Sindilat, alguns associados registraram falta de embalagens e insumos industriais para viabilizar o processamento. Os reflexos da greve no abastecimento comprometem, inclusive, a oferta de combustível aos próprios caminhões. Na região Noroeste do Estado, onde situa-se importante bacia leiteira gaúcha, os estoques de diesel devem durar apenas até este domingo.
A expectativa do Sindilat é que assim que for anunciado o fim da greve dos caminhoneiros, o processo possa ser restabelecido entre dois e cinco dias, de acordo com a situação de desabastecimento enfrentada por cada parque fabril. Outra questão que o sindicato levanta é que as áreas de expedição, câmaras frigoríficas e estoques dos laticínios estão abarrotados de produtos, o que torna qualquer processo produtivo adicional inviável antes de liberação dessas cargas.
Correio do Povo
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