Passeatas e atos paralisaram trânsito na BR 116 em Estância Velha e São Leopoldo
Domingo é marcado por diversas manifestações no Rio Grande do Sul | Foto: Victória Borges / Divulgação / CP
O protesto de caminhoneiros chegou ao seu sétimo dia no país e no Rio Grande do Sul. Em solo gaúcho, diversas manifestações marcaram este domingo e algumas até pediram intervenção militar no Brasil. Além de apoiar os motoristas, que estão paralisados desde a última segunda-feira, os manifestantes demonstraram insatisfação com o governo de Michel Temer. Foram registrados atos no Vale do Sinos, na Serra e na Zona da Produção.
• Salgado Filho recebe seis caminhões-tanque, mas ainda opera na reserva
No Vale do Sinos, a manhã começou com uma passeata que saiu do Centro de Estância Velha e bloqueou a BR 116 no acesso à cidade por cerca de 30 minutos. Mais de 700 pessoas participaram do ato, segundo um dos organizadores Maicon Dutra. "Estamos junto com os caminhoneiros, lutando pra que as coisas melhores", disse.
Durante a tarde, um segundo ato paralisou o trânsito na BR 116 em São Leopoldo, nas proximidades do Marco Zero, no acesso à avenida Dom João Becker, onde 300 manifestantes pediram pela intervenção militar.
Decreto de calamidade e transporte comprometido
Uma das consequências do protesto de caminhoneiros no Vale do Sinos foi o decreto de estado de calamidade feito pela prefeitura de Estância Velha. Os serviços da Secretaria Municipal de Saúde estão sendo prestados apenas no Centro de Especialidades do Centro, as demais UBS e ESF estarão fechadas durante a vigência do decreto.
O Hospital Municipal Getúlio Vargas segue realizando atendimentos de urgência e emergência. Assim como nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Portão e Campo Bom, as aulas na rede municipal estão suspensas.O transporte coletivo funcionará somente nos horários de pico na cidade de Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Interior com manifestações
Em Caxias do Sul, centenas de pessoas bloquearam a entrada do 3º Grupo de Artilharia Antiaérea, no bairro Rio Branco, na tarde deste domingo. O grupo esteve lá para pedir a intervenção militar no Brasil depois de se organizar através das redes sociais.
Na cidade da Serra, o transporte coletivo vai operar com horários reduzidos. A concessionária irá seguir o serviço com metade da frota e por isso haverá reforço entre 5h e 8h30min e 16h30 e 19h30min, horários considerados de pico.
Em Bento Gonçalves, duas manifestações reuniram centenas de pessoas. Uma delas em um posto, localizado às margens da BR 470 e a outra em frente ao 6° Batalhão de Comunicações, 6°BCOM na avenida São Roque, no bairro São Roque. O protesto teve como principal objetivo mostrar a insatisfação com o governo Temer e com os casos de corrupção no governo federal, além do preço abusivo do diesel e da gasolina.
Em Farroupilha os manifestantes andaram pelas ruas centrais da cidade e depois foram a pé até a RSC-453 onde há um ponto de protesto dos caminhoneiros.
Mobilizações na Zona da Produção
Na rgião da 14ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal com sede em Sarandi ocorrem manifestações, sem obstrução da pista da Br 386 nos km 27 em Frederico Westphalen, 134 em Sarandi e 176 em Carazinho, além do km 01 da BR 468 em Palmeira das Missões; km, 99 da BR 468 em Três Passos.
Na região da 14ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, com sede em Sarandi, ocorreram manifestações sem obstrução de pista na BR 386, nos kms 27, em Frederico Westphalen; no 134, em Sarandi; no 176, em Carazinho; e em Iraí, onde a pista foi bloqueada por agricultores. Na BR 468, os atos ocorreram no km 1, em Palmeiras das Missões, e no km 99, em Três Passos.
Na região, diminuiu o número de caminhões nos pontos de bloqueio. As rodovias federais e estaduais não registraram circulação de caminhões neste domingo e poucos carros trafegaram ao longo do dia por conta da falta de combustível. Os caminhões carregados com o produto não saíram das centrais de distribuição, localizadas em Passo Fundo e Cruz Alta.
Correio do Povo
CAMINHONEIROS
Nenhum comentário:
Postar um comentário