domingo, 13 de maio de 2018

Cansei do Rio Grande, por Wesley C. Cardia*

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Em 24 horas, três pessoas muito próximas foram assaltadas. Levaram os carros das três. Onde? Num quadrilátero de poucas quadras no coração do Moinhos de Vento. Até aqui, nenhuma surpresa. No primeiro caso, a guardadora de carros, que estava a poucos metros do local falou: “Foi o Dieguinho. Eu já disse a ele para não roubar na minha quadra”. No segundo caso, na Barão de Santo Ângelo, o assaltante também é conhecido dos moradores. E, no terceiro caso, 24 horas depois, quem é o profissional dedicado que voltou a trabalhar? Não se espantem! O Dieguinho. Ora vejam: que moço laborioso!

Não vou falar da falta de segurança. Não quero ser mais um a se lamuriar daquilo que todos os gaúchos estão cansados de saber e vivenciar. Também não vou questionar o porquê de os ladrões serem conhecidos no bairro, e não estarem na cadeia.

Que raio de sociedade é essa que não se dá conta de que o Estado não tem dinheiro?

O que me enlouquece, na verdade, é um Estado falido como o nosso ter que brigar na Assembleia para modernizar a previdência, para vender, fechar ou até dar empresas (se for o caso) que consomem dinheiro público. Ou seja: o seu dinheiro, caro leitor. Que raio de sociedade é essa não se dá conta de que o Estado não tem dinheiro? Governo não produz riqueza. Consome. E quase sempre atrapalha quem quer produzir Nós, trabalhadores e empresários, é que pagamos a conta desse descalabro. E enquanto gaúchos retrógrados, sejam eleitores, governantes ou deputados, não entenderem que o Estado tem que se preocupar apenas com saúde, segurança e educação, só acabaremos mais fundo no poço do que já estamos.

Alguém me diga, por favor, se há alguma vida inteligente no governo que se disponha a mudar os rumos da política gaúcha a agir positivamente. Alguém que tenha coragem fazer; de mudar paradigmas, de vender centenas de imóveis subutilizados ou mesmo não utilizados (como já foi prometido nas últimas 10 gestões), a fechar empresas e concentrar os parcos recursos públicos naquilo que interessa. Do contrário, dentro de pouco tempo, a única pessoa produtiva no Rio Grande será nosso diligente Dieguinho.

*Consultor de marketing

Fonte: Zero Hora, página 39 de 12 de novembro de 2015.


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