por Nicola Pamplona
Placas de emprego no centro de São Paulo Placas de emprego no centro de São Paulo Zanone Fraissat
Número de trabalhadores com carteira atingiu menor nível da série histórica, iniciada em 2012
O Brasil perdeu quase 4 milhões de vagas com carteira assinada desde o começo da crise no mercado de trabalho, em 2014, uma média de 1 milhão por ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (27).
Em março, o número de empregados formais foi de 32,9 milhões, o menor desde 2012, início da atual série histórica.
O desemprego ficou em 13,1% no primeiro trimestre de 2018. Ao todo, 13,7 milhões de pessoas procuraram emprego no país no período.
A taxa registrada no trimestre encerrado em março é 1,3 ponto percentual maior do que os 11,8% verificados no trimestre imediatamente anterior, terminado em dezembro de 2017. Isso significa que um aumento de 1,4 milhão de pessoas no contingente de desempregados.
Na comparação anual, a taxa de desemprego caiu 0,6 ponto percentual.
Ainda assim, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, diz que o mercado de trabalho dá sinais de melhora e que o aumento no nível de emprego é natural no início do ano, com demissões de temporários contratados para o Natal.
A aparente recuperação, porém, é puxada pelo emprego informal, já que o número de trabalhadores com carteira atingiu no primeiro trimestre o menor nível desde o início da série histórica, em 2012.
No primeiro trimestre, segundo o IBGE, 32,9 milhões de pessoas tinham carteira assinada, queda de 1,2%, ou 402 mil pessoas, em relação ao trimestre anterior e de 1,5% (493 mil) na comparação com o mesmo período de 2017.
"A gente não vê ainda no mercado de trabalho brasileiro uma recuperação de postos de trabalho com vínculo", diz o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
"E o que se mais se espera em processo de recuperação é o aumento da carteira de trabalho, porque ela é passaporte para o crédito e ajuda a movimentar a economia."
Houve retração em cinco dos 10 grupamentos de atividade pesquisados pelo IBGE, com destaque para construção civil (-5,8%), indústria (-2,7%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-2,2%).
Já na comparação anual, houve alta de 5,2%, ou 533 mil pessoas a mais.
Azeredo, avalia, porém, que os dados indicam que o mercado de trabalho está mais favorável do que no primeiro trimestre de 2017 e cita como a desaceleração no ritmo de perda de vagas com carteira.
A variação do primeiro trimestre é a menor desde o primeiro trimestre de 2015, na comparação anual. Foi o quinto trimestre seguido de desaceleração no ritmo de queda.
Além disso, diz, a queda na taxa de desemprego com relação ao mesmo período do ano anterior, de 3,4%, foi a primeira desde o último trimestre de 2014 —no último trimestre de 2017, apesar da queda de 0,3%, o IBGE considerou estabilização.
Azeredo argumenta que o aumento no desemprego é comum no início do ano. "A sazonalidade acontece em função da contratação de temporários no fim do ano. Ela pode ser amenizada se tiver um ambiente econômico favorável", disse.
Os contingentes de trabalhadores por conta própria e de empregadores, que também vinham ajudando a segurar o desemprego, se mantiveram estáveis em relação ao trimestre imediatamente anterior. ?
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,6% no primeiro trimestre, queda de 0,9 ponto percentual frente ao trimestre anterior.
Em relação ao primeiro trimestre de 2017, quando o nível da ocupação no Brasil foi de 53,1%, houve alta de 0,5 ponto percentual.
O rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.169 no primeiro trimestre, considerada pelo IBGE estável em relação aos R$ 2.154 reais. No primeiro trimestre de 2017, era de R$ 2.110.
Fonte: Folha Online - 27/04/2018 e SOS Consumidor
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