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segunda-feira, 30 de abril de 2018

Sindicato dos Jornalistas do Paraná critica presidente do Sindijor-RS

Jornalista Milton Simas recomendou a repórteres que não gravassem perto de acampamento pró-Lula, no Paraná

O Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor-PR) emitiu uma nota de repúdio contra o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Milton Simas. O documento foi publicado horas depois de Simas impedir a gravação de um repórter da emissora RIC PR, afilhada do Grupo Record, nas proximidades de um acampamento favorável ao ex-presidente Lula no Paraná.

Um vídeo com o momento da abordagem de Simas ao repórter Marc Souza circula nas redes sociais. Nele, o presidente do Sindicato gaúcho recomenda que o repórter não grave no local – próximo ao acampamento. Outras pessoas se aproximam dos profissionais enquanto Simas fala.

Para o Sindijor-PR, o ato foi uma tentativa de restringir o trabalho da equipe de TV. “O repórter Marc Souza e o repórter-cinematográfico Diogo Cordeiro tiveram que justificar sobre o que se tratava a reportagem antes de prosseguir com a gravação”, alegou. “ O Sindicato é intransigente na defesa do livre exercício profissional. A entidade reitera que não aceita qualquer tipo de intimidação, cerceamento ou censura ao exercício da profissão. Como compromisso, o SindijorPR vai, junto à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), cobrar esclarecimentos em relação ao ocorrido.”

Também por meio de nota oficial, Milton Simas manifestou-se. Disse que visou preservar a integridade da reportagem ao recomendar que os profissionais fizessem suas gravações de um ponto próximo à Polícia. “ Com o clima tenso, em função do atentado da madrugada, era impossível saber se o repórter poderia ser ou não agredido, se dissesse alguma coisa que contrariasse os princípios defendidos no acampamento. Por isso, aconselhei que ele fizesse a gravação perto do policiamento”, explicou.

Ainda na nota, o Sindijor-RS afirma que o vídeo está sendo usado de forma distorcida.


Correio do Povo

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