segunda-feira, 30 de abril de 2018

Regime sírio denuncia mísseis disparados contra posições militares

Observatório Sírio dos Direitos Humanos confirmou disparos, mas não soube relatar responsáveis ou se há vítimas

Região de Aleppo foi uma das que mais sofreu com a guerra na Síria | Foto: Sameer Al-Doumy / AFP / CP

Região de Aleppo foi uma das que mais sofreu com a guerra na Síria | Foto: Sameer Al-Doumy / AFP / CP

“Mísseis inimigos” foram disparados neste domingo à noite contra posições militares do regime sírio nas províncias de Hama e Aleppo, anunciou a agência oficial Sana, que denunciou uma “agressão” sem identificar os autores. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG que conta com uma ampla rede de fontes em toda a Síria, confirmou os disparos.

A organização assegurou que “elementos iranianos” estariam mobilizados nas duas bases militares atacadas. O Irã apoia o regime de Bashar al-Assad. O OSDH não soube apontar os responsáveis pelos ataques e não relatou vítimas.

Em 9 de abril, Israel foi acusado pelo regime sírio e seu aliado iraniano de ter realizado ataques contra uma base militar no centro da Síria. Poucos dias depois, em 14 de abril, Washington, Paris e Londres conduziram ataques contra várias posições militares do regime, em represália a um suposto ataque químico na cidade de Duma, reduto rebelde de Ghuta Oriental, que teria feito dezenas de mortos.

Israel e a Síria estão oficialmente em estado de guerra. As relações estão tensas à medida que três inimigos de Israel operam na Síria: o próprio regime, o Irã e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah.

“Não permitiremos um ancoradouro iraniano na Síria, qualquer que seja o preço a pagar”, advertiu o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, em abril.

Pelo menos 14 combatentes, incluindo sete iranianos, foram mortos no ataque de 9 de abril contra a base militar T4, na província central de Homs. Em fevereiro, Israel atacou a mesma base militar alegando que um drone enviado pelo Irã a partir deste local havia sobrevoado seu território.


AFP e Correio do Povo

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