Paolo Manzo, correspondente de Il Giornale, entrevistou vítimas de Cesare Battisti, sobre o fato de o STJ ter mandado tirar a tornozeleira eletrônica do terrorista e o STF ter congelado a sua extradição para a Itália.
Adriano Sabbadin, filho do açougueiro Lino Sabbadin, assassinado por Cesare Battisti em 1979, desabafou:
“Tenho uma pergunta que me atormenta desde que meu pai foi morto: quem protege Battisti? Estou arrasado por mais um insulto que vem do Brasil, uma afronta às vítimas daquele a quem ainda chamo de terrorista. Alguns me aconselham a fazer justiça pelas próprias mãos, mas os ensinamentos do meu pai e os valores que ele transmitiu me impedem categoricamente. Minha consciência me proíbe de responder com violência à violência sofrida, mas, a esse respeito, tenho outra pergunta: como é que a consciência de Battisti nunca o levou ao arrependimento?”
Alberto Torreggiani, que Cesare Battisti colocou numa cadeira de rodas ainda criança, filho do joalheiro Pierluigi Torreggiani, morto pelo terrorista, expressou desânimo:
“É complicado encontrar uma lógica na Justiça brasileira.”
Não há lógica.
O Antagonista
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