sexta-feira, 6 de abril de 2018

Marco Aurélio pode levar liminar contra prisão em 2ª instância a plenário

Ministro do STF disse que tendência é apresentar questão ao colegiado até quarta-feira

Ministro do STF disse que tendência é apresentar questão ao colegiado até quarta-feira | Foto: Fellipe Sampaio / STF / Divulgação CP

Ministro do STF disse que tendência é apresentar questão ao colegiado até quarta-feira | Foto: Fellipe Sampaio / STF / Divulgação CP

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou, nesta quinta-feira, que pode levar para julgamento, na próxima quarta, a liminar na qual o Partido Ecológico Nacional (PEN) pede que a Corte garanta, monocraticamente, a liberdade de condenados que ainda possam recorrer às cortes superiores. A ação pretende rever a decisão do STF, tomada em 2016, que autoriza a prisão após o fim dos recursos na segunda instância. Dessa forma, seria derrubado o resultado do julgamento que negou o habeas corpus para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Eu tenho que ver. O tribunal está reunido, quarta-feira tem sessão, a tendência é trazer. Se eu entender que há uma urgência maior, não se podendo aguardar, a tendência é trazer ao colegiado", projetou. Apesar de o ministro ter dito que pode levar a questão para julgamento na próxima semana, não está descartada a possibilidade dele conceder a liminar pleiteada pelo partido, individualmente, a qualquer momento. Se a decisão for tomada até esta sexta, pode impedir a prisão de Lula, que por determinação de Sérgio Moro deverá se entregar à Polícia Federal até as 17h.

O partido, que tem advogados de investigados da Operação Lava Jato em sua cúpula, pretende superar o entendimento da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de não colocar em pauta duas ações declaratórias de constitucionalidade, que já foram rejeitadas, e analisam, de forma mais ampla, a questão da validada da prisão após o fim de todos os recursos em segunda instância. Recentemente, Cármen disse que trazer novamente a questão para revisão seria “apequenar a Corte”.


Agência Brasil e Correio do Povo

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