sexta-feira, 27 de abril de 2018

Justiça do RS autoriza assembleias para recuperação da Ecovix

Discussões permitem retomar projeto de recuperação do Estaleiro Rio Grande

Discussões permitem retomar projeto de recuperação do Estaleiro Rio Grande | Foto: Alina Souza / CP Memória

Discussões permitem retomar projeto de recuperação do Estaleiro Rio Grande | Foto: Alina Souza / CP Memória

A recuperação judicial da Ecovix no Polo Naval de Rio Grande vai continuar. Por unanimidade, três desembargadores da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) revogaram a suspensão que impedia a realização da assembleia geral de credores. A data do encontro deve ser definida em até 45 dias. A Ecovix está em processo de recuperação judicial desde dezembro de 2016 e estava prestes a decretar falência por conta das dívidas. Com a sinalização positiva do Judiciário, será possível retomar as discussões sobre o futuro do Estaleiro Rio Grande.

"O resultado foi importante para regular o curso da recuperação judicial, outorgando a decisão acerca do plano de recuperação aos credores, como determina a lei", afirmou o advogado Rodrigo Tellechea, do escritório Souto Correa, que lidera a representação da empresa no processo. Segundo ele, a partir de agora, o desafio da Ecovix e dos advogados é conseguir reunir todos os credores e reanimá-los, após a última suspensão da assembleia. Com a decisão, as negociações entre os credores e a empresa serão retomadas.

Na assembleia, o plano de recuperação judicial será apresentado e discutido. "Esta é uma medida em que o devedor (no caso a Ecovix) propõe para os credores um desconto na dívida e ainda uma forma de venda do ativo para pagamento do valor com desconto", explicou Tellechea.

Na última terça-feira, representantes da Ecovix, prefeitos da Região Sul e dos trabalhadores da indústria naval estiveram reunidos com o governador José Ivo Sartori, no Palácio Piratini, com o objetivo de demonstrar a importância da retomada do Polo Naval. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Evandro Fontana, declarou que a decisão é de grande importância. "Esta é uma etapa que preserva os ativos do Polo Naval. Outras etapas precisarão ser percorridas até a reestruturação total do complexo", avaliou.


Correio do Povo



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