segunda-feira, 30 de abril de 2018

Feirão da Caixa vai oferecer mais de 200 mil imóveis em 15 cidades

Em Porto Alegre, evento ocorre no primeiro final de semana de maio

Evento ocorre após Caixa reduzir  juros do crédito imobiliário em até 1,25 ponto porcentual | Foto: Fabio Rodrigues Pozzobom / Agência Brasil / CP

Evento ocorre após Caixa reduzir juros do crédito imobiliário em até 1,25 ponto porcentual | Foto: Fabio Rodrigues Pozzobom / Agência Brasil / CP

Em sua 14ª edição, o Feirão da Casa Própria promovido pela Caixa Econômica Federal vai oferecer 202 mil imóveis novos e usados entre os dias 4 e 27 de maio. No ano passado, a oferta foi de 230 milhões de unidades. O evento passará por 15 cidades e a expectativa do banco é movimentar R$ 15 bilhões em volume de negócios. Com mais de 1.100 parceiros, o evento será realizado durante três finais de semana, entre os dias 4 e 27 de maio, em 15 cidades.

No primeiro final de semana o evento acontecerá nas cidades de Porto Alegre (RS), Salvador (BA) e São Paulo (SP). No período de 18 a 20 de maio, o Feirão será realizado nas cidades de Belo Horizonte (MG), Goiânia (GO), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA) e Uberlândia (MG). No fim de semana seguinte, de 25 a 27 de maio, encerra seu calendário com atividades em Brasília (DF), Belém (PA), Campinas (SP), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE) e Recife (PE).

Neste ano, o feirão acontece após a Caixa anunciar a redução de até 1,25 ponto porcentual das taxas de juros do crédito imobiliário utilizando recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. O banco também anunciou o aumento de 50% para 70% da cota de financiamento de imóvel usado. O corte nos juros pode gerar uma economia de 15,6% no financiamento de um imóvel de R$ 500 mil, com prazo de 30 anos para quitação. Em gastos totais, a redução é de quase R$ 78 mil reais, saindo de R$ 1.113,2 milhão, quando valia a taxa antiga de 10,25%, para R$ 1.035 milhão, agora com juros a partir de 9%.

Segundo cálculos do economista e professor da B3 Alexandre Cabral, blogueiro do Estadão, a redução do preço pode alcançar R$ 171,4 mil para uma casa de R$ 1 milhão e R$ 257 mil para imóveis com valor venal de R$ 1,5 milhão. As simulações levam em conta um financiamento de 100%. A medida para baratear o custo do crédito imobiliário foi antecipada pelo novo presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, no início do mês, quando assumiu o comando do banco. Para ele, a redução facilita o acesso à casa própria e contribui para estimular o mercado imobiliário. "O objetivo da redução é oferecer as melhores condições para os nossos clientes, além de contribuir para o aquecimento do mercado imobiliário e suas cadeias produtivas", disse em nota.

De acordo com a instituição, com a medida, as taxas mínimas passaram de 10,25% para 9% ao ano no caso de imóveis dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e de 11,25% para 10% ao ano para imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Estão enquadrados no SFH os imóveis residenciais de até R$ 800 mil, para todo o País, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde o limite é de R$ 950 mil. Já os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.

Mais cortes

Para o diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) Miguel José Ribeiro de Oliveira o movimento da Caixa corrige uma rota que vinha sendo prejudicial para a própria instituição. "A Caixa decidiu reduzir o porcentual financiado do imóvel e aumentou os juros. Com isso, começou a perder mercado para outras instituições, que não seguiram o mesmo movimento", conta Oliveira. O executivo da Anefac explica que, em média, cada ponto de redução do financiamento imobiliário impacta com a redução de 10% no montante final a ser desembolsado com o crédito. Esse porcentual tende a crescer conforme o tempo para quitação da dívida. Segundo ele, com a queda da taxa básica da economia, a Selic, pela metade, ainda há espaço para novos cortes no financiamento imobiliário da Caixa. "A Selic não deve subir tão cedo e ainda há espaço para a Caixa corta mais. Não devemos ter quedas grandes, mas alguma coisa ainda dá", diz. A Caixa Econômica Federal é hoje a principal instituição para concessão de crédito imobiliário, concentrando cerca de 70% das emissões, segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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