Diretoria enviou documento para explicar publicação fora do prazo
Direção do Inter atrasou publicação do balanço fiscal | Foto: Ricardo Duarte / Inter / CP
- O Inter deve publicar o balanço das contas de 2017 somente na segunda-feira, prazo final imposto pela Lei Pelé. Porém, o fará sem antes submetê-lo ao Conselho Fiscal, que teria de dar um parecer, ou ao Conselho Delibarativo, que aprova ou desaprova os números. A direção apresenta justificativas para o atraso, mas parte dos conselheiros, sobretudo os de oposição, achou a atitude um “desrespeito” ao próprio Conselho.
A direção colorada enviou nesta sexta-feira um documento de cinco páginas justificando e explicando os motivos do atraso. Disse no material (leia abaixo) que a mudança de critério contábil ocorreu a partir de um questionamento feito pela empresa contratada para auditar as contas motivada pela não inclusão nos balanços, inclusive de anos anteriores, da reforma do Beira-Rio.
No entanto, o atraso fere o Estatudo do Inter, que determina que as contas passem pelo Conselho Deliberativo até, no máximo, 15 de abril. Além isso, a sua publicação antes do trâmite normal, que inclui as análise do Conselho Fiscal, é inédita e causou estranheza entre os conselheiros.
O presidente do Conselho Fiscal, Geraldo Da Camino, foi procurado pela reportagem do Correio do Povo. Ele não antecipou as suas observações sobre o imbróglio: “Minha opinião sobre o assunto estará no parecer do Conselho Fiscal. Não vou antecipar nada pela imprensa”, afirmou.
A valorização do Beira-Rio nos balanços ocasionará uma diminuição do déficit contábil do Inter em 2017 – e provavelmente também nos anos anteriores. Uma repercussão imediata disso é que diminuem os riscos de o clube ultrapassar o limite de déficit imposto pela Lei do Profut, que é de 10% das receitas do exercício anterior. Se o Inter ultrapassar esse limite, pode ser excluído do Profut, o que traria consequências importantes para a administração financeira do clube.
Correio do Povo
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