Wagner Rossi revelou que já respondeu 74 perguntas sobre o inquérito
O ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi chegou na tarde desta quinta-feira, à sede da Polícia Federal em São Paulo, onde cumprirá prisão temporária. Rossi, que foi detido em Ribeirão Preto, é um dos alvos da Operação Skala, que é realizada no âmbito do inquérito que apura irregularidades no Decreto dos Portos. Rossi, que foi diretor-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto de Santos, afirmou que a prisão é injustificada, porque, na época da edição do Decreto dos Portos, ele já tinha saído da Codesp há 15 anos.
O inquérito também envolve o presidente Michel Temer. "Fui chamado para falar de um assunto que não é da minha alçada que é o Decreto dos Portos. Eu tinha saído 15 anos antes da Codesp e, portanto, não tenho nada a ver. Já respondi a 74 perguntas. E, naturalmente, como procedimento do Judiciário é dessa maneira, vamos cumprir e respeitar." Segundo o ex-ministro, ele foi preso porque essa é a "orientação" atual do Judiciário. "Antigamente, você era chamado para dar declarações."
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O Decreto dos Portos foi assinado em 2017 por Temer e supostamente teria beneficiado a empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos. Além de Rossi, também foram presos na operação o advogado José Yunes e o ex-coronel da PM João Batista Lima, amigos pessoais de Temer, e Milton Ortolan, braço direito de Rossi. O único que ainda não está na PF é o ex-coronel, que passou mal e foi levado para o hospital. Ortolan chegou antes das 8 horas na sede da PF. No começo da tarde, foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame de corpo delito, e voltou por volta das 14 horas.
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As medidas foram solicitadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito no STF. A PF cumpre os mandados, mas está impossibilitada pelo Supremo de falar sobre o caso. Durante a manhã, diversos carros da PF chegaram com malotes e computadores. A perspectiva é que as diligências não se encerrem rapidamente. Todos os cinco detidos no Estado de São Paulo cumprirão prisão temporária na sede paulista da PF.
Operação Skala
QUEM SÃO OS PRESOS
DEMAIS ALVOS:
Eduardo Luiz de Brito Neves
Gonçalo Torrealba
Ana Carolina Borges Torrealba
Rodrigo Borges Torrealba
Maria E. Adenshon Brito Neves
Carlos Alberto Costa Filho
Carlos Alberto Costa
José Yunes
Advogado, amigo e ex-assessor de TemerAntônio Celso Greco
Empresário, dono da empresa RodrimarJoão Batista Lima
Ex-coronel da Polícia Militar de SP e amigo de TemerWagner Rossi
Ex-deputado, ex-ministro e ex-presidente da estatal CodespMilton Ortolan
Auxiliar de Wagner RossiCelina Torrealba
Uma das donas do grupo Libra
Estadão Conteúdo e Correio do Povo
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