Pontos do extremo-sul da Capital registraram aumento no número de salvamentos
Sábado ensolarado e quente atraiu banhistas às praias da zona Sul de Porto Alegre | Foto: Fabiano do Amaral
No último fim de semana da Operação Golfinho, os portoalegrenses aproveitaram o sol e as altas temperaturas para curtir as águas das praias do Lami e Belém Novo. Com aval da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), que divulgou relatório de balneabilidade indicando que os seis pontos das praias permaneciam próprios para banho, banhistas levaram cadeiras, chimarrão, bebidas e equipamentos de pesca para a beira da água neste sábado.
Uma das mais antigas frequentadoras da praia de Belém Novo, Fátima Cunha da Silva, 63 anos, afirma que o local - próximo à Praça Comunal, no Posto 1 - é ideal para quem quer reunir a família, fazer um piquenique com as crianças e, até mesmo, pescar. Na companhia do marido, Ubiratan, 60 anos, ela toma um chimarrão, pita um cigarro e joga a linha na água. “Faz trinta anos que frequentamos esse lugar, principalmente porque gostamos de pescar. É um ótimo ambiente para fazer novas amizades”, diz.
Apesar da tranquilidade do local, Fátima reclama da ausência de lixeiras próximo às guaritas e das pedras localizadas no fundo das águas. Ela alerta para o perigo que representa entrar nesses locais. “Muitas pessoas machucam os pés logo na entrada, e isso pode ser um problema também para quem quer nadar. Apesar disso, os banheiros e as duchas instaladas embaixo das árvóres estão em boas condições de uso e higiene. Na Praia do Veludo, que é logo depois daqui, a segurança poderia melhorar um pouco”, ressalta.
Aumenta número de salvamentos
Mesmo com uma temporada sem maiores incidentes, a Operação Golfinho - que iniciou em 14 de dezembro - registrou quase o dobro de salvamentos no Lami em relação ao ano passado. Responsável pelo serviço de salva-vidas das praias do Belém Novo e Lami, sargento Lúcio Edgar Aires Rodrigues observa que este ano os salva-vidas registraram sete ocorrências no Lami. O número representa quase o dobro do ano passado, quando houve apenas quatro salvamentos. Em Belém Novo, nenhum incidente foi registrado.
Conforme Lúcio, a imprudência dos banhistas é a causa principal dos afogamentos. “Foi um veraneio tranquilo, apesar da falta de efetivo. Recebemos o restante dos salva-vidas faltando apenas um mês para terminar a temporada. No que diz respeito às atividades preventivas, não faltou orientação. Um sujeito de 28 anos, por exemplo, levou os dois filhos, de 8 e 2 anos, sem coletes salva-vidas, para passear num caiaque. Tivemos que resgatá-los”, relata. O sargento ressalta que três dos seis postos de salva-vidas permaneceram ativos.
Correio do Povo
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