A coisa é tão grave que ninguém mais, à exceção do PSOL e do PT, pode evitar condenar a desgraça. Ela foi tema do “Fantástico” ontem, que mostrou a triste condição dos venezuelanos desesperados em busca de algum abrigo ou mesmo comida em nosso país. Mas faltou um “pequeno” detalhe.
A reportagem nada disse sobre a origem do caos, sobre como Lula e o PT contribuíram para causá-lo, como é o socialismo que está por trás da destruição do país, repleto de petróleo. O socialismo é o sujeito oculto em toda narrativa sobre a Venezuela, o elo perdido sem o qual fica impossível compreender direito o que se passou por lá.
Mesmo Arnaldo Jabor, que fez um comentário contra os artistas de esquerda que optam pelo silêncio, não consegue escapar do ranço esquerdista, e prefere colocar “esquerda” entre aspas para se referir ao regime venezuelano, que seria “reacionário”. É preciso sempre salvar a esquerda, mante-la pura, para não associa-la aos repetidos resultados terríveis que o socialismo produz.
Ora, o caos venezuelano não veio do além, é a consequência inevitável de suas ideias e premissas, do próprio modelo socialista, que concentra todo o poder no estado. Não é por acaso que a esquerda radical brasileira ficou toda ao lado de Chávez e depois Maduro, os arquitetos do inferno. Muitos até hoje apoiam o tirano. Não lembram de Lula gravando vídeo em apoio a Maduro?
E já esqueceram daquela turma de boçais comunistas que fizeram até dancinha em favor do ditador, o vergonhoso “sou do Levante, to com Maduro”?
Toda reportagem que quiser falar sobre a situação venezuelana sem mencionar sua origem, sua causa, que é o socialismo pregado pelos “intelectuais” e artistas brasileiros, estará contando a história pela metade, e deixando o essencial de fora. Não há efeito sem causa. A crise venezuelana não veio do além, não foi produzida por um ditador qualquer; foi obra de anos de socialismo, afugentando empresários, concentrando poder, perseguindo jornalistas.
Trata-se, infelizmente, de apenas mais um experimento totalmente fracassado do socialismo, já que aquele do século XXI é igual ao do século XX, que deixou um rastro de destruição também, com cem milhões de vítimas fatais, além de muita miséria e escravidão. Não “deturparam” Marx; seguiram o guru direitinho, e deu nisso, sempre.
Tentar isentar a esquerda de responsabilidade pela destruição venezuelana é típico da esquerda. É desonesto, mentiroso, canalha, falso. Venezuela e esquerda: tudo a ver!
Rodrigo Constantino
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