País vai depor contra Chile por acesso ao oceano Pacífico em março
País vai depor contra Chile por acesso ao oceano Pacífico em março | Foto: Aizar Raldes / AFP / CP
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou neste domingo que o país está "muito perto" de retornar ao mar, um mês antes de começar as apresentações orais contra o Chile por uma saída soberana para o Oceano Pacífico, na Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia. À frente de várias atividades "para acompanhar a última etapa da nossa demanda marítima", o presidente disse que a Bolívia perdeu sua costa por "uma invasão, que não foi planejada pelo povo chileno, mas pela oligarquia chilena apoiada por transnacionais inglesas".
Ele anunciou ainda que presidirá uma reunião com a equipe jurídica boliviana "para acertar os últimos detalhes" para as apresentações do caso que começam em 19 de março em Haia. Em entrevista ao canal Abya Yala, o ex-presidente boliviano e agente na CIJ, Eduardo Rodríguez Veltzé, lembrou que "as sentenças da Corte Internacional de Justiça são definitivas e de cumprimento obrigatório" e que Chile e Bolívia "estarão, ambos os países, em condições de honrar a decisão da Corte, pois se submeteram a ela".
"Não é uma sentença da qual se pode esperar que determine que o Chile tem de entregar nada. É uma obrigação de se sentar e negociar com a Bolívia de boa-fé, de maneira oportuna e eficaz", completou. De acordo com o cronograma da CIJ, Bolívia e Chile farão suas alegações iniciais de 19 a 26 de março, no processo iniciado por La Paz em 2013. O Chile argumenta que não tem dívidas pendentes. A sentença pode ser anunciada no final do ano.
AFP e Correio do Povo
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