terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Algema foi necessária, diz PF

A PF (Polícia Federal) afirmou ontem, em relatório ao juiz Sérgio Moro, que resolveu algemar as mãos e os pés do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, em escolta para o IML (Instituto Médico Legal) em Curitiba, na última sexta, por receio de que o peemedebista agredisse a terceiros.

O pátio do IML, é um espaço aberto, por onde o público em geral circula livremente. O policial Jorge Chastalo Filho, chefe do núcleo de operações que coordenou a escola, afirmou que o marca-passo (corrente nos tornozelos) e o cinto de contenção (preso às algemas) eram uma medida “necessária e fundamental”, usada para evitar “que este [Cabral] agrida alguém ou seja agredido”.

Cabral foi o segundo preso da Lava Jato a usar os apetrechos. Até o fim do ano passado, a maioria era levada no banco de trás da viatura – e não no “camburão” – e sem algemas, inclusive nas mãos.

No ofício, Chastalo ainda alfinetou Moro e os cíticos da medida, citando um delegado da PF: “É muito confortável defender, do alto dos gabinetes luxuosos, a dispensa de algemas como regra policial em nome dos direitos humanos do preso […] quando as consequências dessa imposição em abstrato são nefastas para os direitos dos outros, em especial os dos policiais”.

Em resposta, Moro deu o assunto por encerrado, mas reiterou a recomendação de evitar algemas, “salvo casos de absoluta necessidade e excepcionais”.

Fonte: Metro Jornal, página 06 de 23 de janeiro de 2018.




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